Festival do Rio #2: À Oeste de Plutão e A Vida dos Peixes


Dois filmes sem produção caríssima e que provavelmente não vão estrear no Brasil fora do festival, mas são provavelmente melhores do que a maioria dos que vão. Um do Chile, outro do Canadá.

A Vida dos Peixes (La Vida de Los Peces) é dirigido pelo chileno Matías Bize, do pretensioso Na Cama. Vale a pena uma segunda chance pro Matías. Se o filme anterior ficava restrito a um quarto, esse expande um os horizontes, mas nem tanto: A Vida dos Peixes se passa inteiro dentro de uma casa, durante uma festa em que o jornalista Andrés reencontra seus antigos amigos chilenos após 10 anos na Alemanha. O movimento entre os cômodos, onde a história vai sendo revelada, é meio forçado, mas rende belas cenas e um final absurdo de bonito.

À Oeste de Plutão (incluindo um provável erro de crase), de Henry Bernardet, mostra um dia na vida de adolescentes suburbanos no Canadá. Comparando canadensemente, não chega a ser um Arcade Fire, mas tem a diversão e urgência de um Japandroids. E tem o mérito de falar sobre jovens fodidos e bêbados sem exageros de julgamentos ou imagens (são jovens que fazem merda, como todos são ou já foram, mas não necessariamente precisam fumar crack, pegar aids e morrer esfaqueados). Dica amiga: o filme já teve lançamento em DVD lá fora, então dá pra baixar e assistir no conforto do lar.


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