A pergunta deixada no último recap ainda não foi respondida depois desse episódio, que marca o fim da primeira temporada de The Walking Dead. Começamos com um flashback de Shane tentando deixar o quarto mais seguro para Rick curtir seu coma, enquanto um caos se instaura no hospital com militares executando inocentes . Após a abertura da escotilha porta de entrada do CCD, as coisas se acalmam um pouco e o grupo consegue relaxar, sentar numa mesa e beber… vinho.

A única alma viva tomando conta do lugar é o Dr. Edwin Jenner, que conhecemos no episódio anterior, e ele não consegue esclarecer muito sobre a praga, somente deixando claro que há uma contenção de energia, mas o suficiente pro pessoal tomar banho pegando leve na água quente. Felizmente, não há uma contenção de bebidas alcóolicas, e os sobreviventes enchem mais a cara do que qualquer reunião de negócios em Mad Men. O excesso de álcool estreita algumas relações no grupo, como a de Andrea e Dale, e complica outras como a de Lori e Shane, que quase termina em estupro.

Após qualquer pé na jaca, vem a ressaca e os sobreviventes acordam em um CCD hermeticamente selado, com pouquíssima energia nos geradores para se manter em funcionamento, uma contagem regressiva para explosão (eles gostam do eufemismo descontaminação) e nem um Engov pra acompanhar. Ao final do episódio o Dr. Jenner e Jacqui – a urbanista quase figurante – decidem ficar lá e morrer, enquanto o resto prefere ficar vivo pelo menos até a próxima temporada e trata de ralar peito.

No fim das contas, foi uma excelente primeira temporada, com um season finale fraquinho, já que tudo fica mais ou menos como estava antes de entrarem no Centro, com exceção das palavras que o Dr. Jenner cochichou no ouvido de Rick antes do grupo abandonar o local. Se os escritores mantiverem uma narrativa mais próxima à proposta de Robert Kirkman pros quadrinhos (esse último episódio foi o que teve menos a ver com a revista), a série tem tudo pra durar por várias temporadas.