HQs: X-Men, X-Men Legacy e Green Lantern


Nossa avaliação

Caolho esperto

Com a sexta edição de “X-Men” chega ao fim o primeiro arco de histórias da nova revista do grupo mutante. A saga em que os heróis enfrentam a ameaça de um exército de vampiros não valeu toda a publicidade que gerou, mas os dois últimos capítulos redimem a revista do ritmo lento do começo da história.

Na última edição, os mutantes viram o jogo contra os sanguessugas, graças a alguns planos bem espertos de Ciclope: entre as estratégias do líder há uma bem bolada que envolve o Homem de Gelo e um padre, e resulta na dizimação de boa parte do exército inimigo. Na edição dessa semana, o caolho continua a mostrar inteligência – pra não dizer colhões – ao resolver a parada com um blefe junto ao rei dos vampiros.

Se os diálogos inimaginativos continuam a causar bocejos, pelo menos a arte de Paco Medina tem se mostrado cada vez mais dinâmica e confiável – apesar de ele ser um daqueles desenhistas que fazem todos os personagens com a mesma cara. No fim das contas, o novo título mensal dos X-Men conquista um bom lugar na franquia, mas resta esperar para ver se o nível das histórias não irá cair para o que era nas primeiras edições…

Juventude mutante

A última semana do ano foi boa para os fãs dos mutantes da Marvel, com mais um título de destaque. “X-Men Legacy” foi originalmente lançado na década de 1990 como “X-Men”, mas mudou de nome em 2008 e agora convive com o outro título “X-Men” mencionado acima, numa dessas jogadas da Marvel para aumentar as vendas e tornar a vida dos colecionadores um inferno.

Pois bem, desde então “X-Men Legacy” vem focando em alguns personagens negligenciados por “Uncanny X-Men” (a revista principal dos mutantes), como a Vampira e alguns dos integrantes mais jovens. A edição 243 foca no combate entre o telecinético Hellion (provavelmente traduzido por aqui como Satânico) e a ciborgue Karima Shapandar, a Sentinela Ômega.

O destaque vai para a bela descrição do uso não-convencional dos poderes do rapaz e para o desenvolvimento de sua moralidade cada vez mais ambígua. Já o ponto negativo é a posição assumida por Ciclope diante das opiniões do jovem, que soa hipócrita vinda do fundador da X-Force e denuncia uma incoerência entre o modo como o personagem é representado aqui e nos outros títulos mutantes.

Lanterna vermelha

A revista “Green Lantern” começa a se recuperar da bagunça deixada no título pela saga Noite Mais Densa, em uma edição totalmente dedicada ao Lanterna Vermelho Atrocitus. Desde o crossover, Hal Jordan se uniu aos “novos guardiães” para procurar as entidades que representam cada cor do “espectro emocional”.

Vimos as entidades laranja, violeta, azul e indigo escolherem seus hospedeiros, mas só o surgimento do Predador (a entidade violeta do amor – ugh, como isso soa piegas, não me admira que o próprio Hal Jordan às vezes fique constrangido com sua revista) rendeu uma boa história. Isto é, até agora.

A edição 61 muda isso ao deixar o Lanterna Verde de lado e focar na busca de Atrocitus pelo Açougueiro, a entidade vermelha da raiva: busca que o leva a confrontar o Espectro, manifestação da fúria divina no universo DC. Para um cara que vive vomitando sangue, Atrocitus acaba por se revelar um sujeito muito mais razoável que o próprio Espectro ao defender o hospedeiro do Açougueiro – um pai furioso com a perda da filha – da vingança do espírito encapuzado.


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