HQs da semana: 02 e 09 de março


Nossa avaliação

 

Passou o carnaval, e é hora de colocar em dia o nosso panorama semanal do mundo dos quadrinhos nos EUA. Como o espaço é curto, o esquema vai ter de ser vapt e vupt:

  • “Avengers Academy #10” mostrou que o título consegue sobreviver à saída do competente Mike McKone. O novo desenhista não é capaz de transmitir emoções com a mesma sutileza, mas o roteiro continua sólido e, desta vez, explora os sentimentos dos personagens em relação à tragédia que ocasionou a “Guerra Civil” recente.
  • “Irredeemable #23” continua a explorar a demência dos personagens mais poderosos do planeta, mas estica demais a trama em dois aspectos que já deviam ter sido resolvidos a essa altura: a megalomania do herói auto-intitulado Sobrevivente e o aprisionamento do herói/vilão Plutoniano fora do planeta. Se fosse um filme, essa edição inteira estaria entre as cenas excluídas.
  • “Ultimate Comics Spider-Man #155” mostra o quanto o universo Ultimate da Marvel pode ser diferente da continuidade principal ao levar a relação entre o Aranha e J. J. Jameson para um rumo inesperado. Há muita conversa e pouca ação, mas mesmo assim a leitura vale a pena pelo desenvolvimento de personagens. Brian Bendis definitivamente sabe escrever pessoas comuns, especialmente os adolescentes; seu problema são os deuses, alienígenas, robôs, mestres da magia, monarcas submarinos e outra pletora de personagens que infelizmente (para ele) são comuns demais neste gênero.

  • “Batman and Robin #21” serve para mostrar aos fãs que o título continua em ótimas mãos mesmo após a saída de Grant Morrison. Embora Peter Tomasi não consiga reproduzir os diálogos minimalistas e cheios de significado do escriba escocês, pelo menos ele consegue, com o Cavaleiro Branco, criar um vilão visualmente interessante e com uma premissa original, deixando vários roteiristas por aí dizendo “por que não pensei nisso antes!”
  • “New Avengers #10” tenta ser duas revistas em uma: de um lado temos Nick Fury recrutando uma equipe de Vingadores em 1959; de outro, a equipe liderada por Luke Cage enfrenta uma personagem obscura e completamente desinteressante em uma das aventuras mais esdrúxulas já escrita por Brian Bendis. A sequência em flashback acaba servindo apenas para causar estragos na continuidade do universo Marvel com retcons absolutamente desnecessários, enquanto a ação nos dias atuais impressiona pela maneira como tantos heróis veteranos demonstram uma incompetência injustificável. Mas a incompetência, é claro, é do roteirista.
  • “Venom #1” é a estreia do terceiro Venom em seu novo título mensal, e o resultado é uma ótima sequência de ação e uma premissa cheia de possibilidades dramáticas: o novo hospedeiro do monstrengo é um soldado americano (cujo nome é bastante familiar para os leitores de longa data do Aranha) tirado do fundo do poço para servir seu país usando o simbionte alienígena. Só que ele não pode ficar muito nervoso ou com raiva, ou o traje assume o controle e seus superiores seriam forçados a ativar o sistema de segurança que fritaria o coitado vivo. Se esta crítica tem um porém, é o fato de que esta não é a verdadeira estreia do novo Venom; ele já apareceu em “Amazing Spider-Man #654.1”. E o pior de tudo: a história lá era bem melhor.

 

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