HQs da semana: 16 de março


Nossa avaliação

Essa foi uma semana um pouco mais movimentada, com algumas histórias de destaque e algumas mudanças importantes na continuidade dos universos Marvel e DC se esboçando:

  • Na DC, começa a Guerra dos Lanternas Verdes em “Green Lantern #64”. Depois de se arrastar desde o fim de “Blackest Night”, o arco de histórias envolvendo Hal Jordan e os representantes de cada uma das cores do espectro emocional culmina em um confronto envolvendo o Lanterna Verde da Terra e seus colegas aliens. É com certeza uma melhoria em relação à desorganização recente do título, mas o excesso de texto expositivo explicando a história para os novos leitores avacalha o ritmo da trama.
  • E o crossover continua no mesmo dia em “Green Lantern Corps #58”, desta vez acompanhando os Lanternas Kyle Rayner e John Stewart. A publicidade em torno dos “combates” da Guerra dos Lanternas (Hal x Guy, Kyle x John) já começa a parecer enganosa, com a briga entre os dois personagens soando forçada e mal resolvida. Pelo menos a caracterização dos personagens na caneta do roteirista Tony Bedard soa mais verdadeira que nas histórias escritas por Geoff Johns. É bacana ver a evolução do ex-guardião Ganthet e o afinco com que ele luta para ajudar os humanos para os quais os anões azuis de Oa tanto torcem o nariz.

  • Outro título de destaque é a estréia de “FF #1”, a nova revista do Quarteto Fantástico. Mas o nome não é uma abreviação de “Fantastic Four”, e sim de “Future Foundation”, prometendo um destaque maior para o lado sci-fi das aventuras da super-equipe. A nova revista traz novos uniformes e um novo integrante: o Homem-Aranha! Vai levar algum tempo para nos acostumarmos com os novos trajes: a versão do Aranha é bacana como um uniforme alternativo, e as novas cores caem bem no Coisa, mas o visual dos demais integrantes não é tão icônico. Em geral, a trama é uma continuação dos dramas desenvolvidos na antiga revista do Quarteto, o que resulta em pouco destaque para a presença do Aranha, que vira mero coadjuvante. O final “surpresa” com a revelação de um novo membro da “Fundação Futuro” acaba perdendo força pela semelhança muito grande com um conflito semelhante na revista dos X-Men.
  • “Knight and Squire #6” encerra a ótima minissérie da dupla dinâmica britânica. O roteirista Paul Cornell cria um fantástico e bizarro elenco de personagens em torno do Cavaleiro e da Escudeira, homenageando uma era mais inocente das histórias de super-heróis com um estilo esquisito tipicamente inglês. O contraste entre os personagens “grim and gritty” do mundo atual e os decrépitos e ridículos heróis britânicos fica mais evidente com a ameaça do Coringa, que surge matando a torto e a direito. A dignidade e a inteligência com que os heróis solucionam o conflito, no entanto, devia servir de referência para os escritores ianques.


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