HQs da semana: 3 de agosto


Nossa avaliação

O mês começa com uma semana bem paradinha em matéria de HQs, apesar da presença controversa de diversos personagens de quadrinhos na mídia durante a semana.

O primeiro título digno de nota é “Ultimate Fallout #4”, parte da minissérie que mostra as reações dos personagens Marvel à morte do Homem-Aranha Ultimate (aqui, conhecido como Millenium). A edição mostra a estreia do novo aracnídeo, mas não chega a ser nem um aperitivo: a aparição de Miles Morales – o polêmico Homem-Aranha negro – é rápida e rasteira, e continuamos sem saber nada sobre ele. As outras histórias presentes no título, por outro lado, sequer estão relacionadas ao Aranha, servindo antes como uma amostra dos rumos que os outros títulos do universo “ultimate” tomarão. Nada de especial, receio…

“Flashpoint #4” é a penúltima edição do crossover de verão da DC, e o prospecto não parece bom. Se não fosse a qualidade superior da arte e da colorização, esta pareceria uma edição qualquer da revista do Flash. A trama, que já parecia demais com “A Era do Apocalipse” e “Dinastia M”, toma os mesmos rumos dessas histórias no seu ato final, e tudo aponta para uma resolução apressada ou um deus ex machina na próxima edição.

Já “Flashpoint – Batman: Knight of Vengeance #3” é um tie-in que consegue a proeza de superar em qualidade o crossover com o qual se relaciona. Não que a trama da minissérie seja genial, mas a qualidade da arte e dos roteiros é impecável, evocando muito o visual de Frank Miller e o estilo narrativo de “O Cavaleiro das Trevas” (a HQ clássica, não o filme). A história do Batman e do Coringa do universo de Flashpoint – que não são as mesmas pessoas da cronologia tradicional – é simples, porém tocante.

“Avengers Academy #17” é outro título que tende a arrancar pelo menos uma lagrimazinha a cada edição. Nesta, ainda lidando com os acontecimentos de “Fear Itself”, o roteirista Christos Gage consegue lidar com o stress pós-traumático dos heróis adolescentes de uma maneira muito mais sutil e verossímil do que fez, digamos, Tony Bedard em “Green Lantern Corps #62”, da semana passada. O sentimento prevalecente, entretanto, é o de terror, quando os alunos se veem sozinhos e sem saída diante de dois dos “dignos”, os vilões transformados pelos martelos místicos do Serpente.


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