A todos aqueles que ficaram decepcionados com a série no ano passado, a mensagem agora é: “Tenham fé”. As imagens de divulgação com Michael C. Hall com dois espirros de sangue formando asas sobre um fundo branco já davam a dica, mas a nova temporada traz de volta os elementos que tornam o psicopata ruivo tão querido.
Nesse segundo episódio, a trama da dupla de psicopatas-antagonistas formada por Colin Hanks (também conhecido como o filho do Tom Hanks) e o mentor Edward James Olmos continua obscura, apesar de conhecermos um pouco mais da vida pessoal do primeiro e da carga religiosa por trás dos crimes cometidos. Além disso, entra na série o dúbio personagem de Mos Def (de “Rebobine, Por Favor”), um assassino supostamente reformado e convertido em… pastor conhecido como Irmão Sam. Tudo indica que o novo personagem deverá se tornar um ponto importante, já que sua relação com Dexter tem tudo para se tornar uma espécie de parceria.
Além desses novos personagens que já tornam essa temporada mais interessante do que a anterior, eles conseguiram em dois episódios fazer as tramas coadjuvantes importarem quase tanto quanto as principais. Masuka contrata uma estagiária que deverá servir de escada para muitas cenas divertidas. Harry funciona como um divertido eixo moral adicional para os constantes questionamentos de Dexter e Deb recebe a maior promoção da sua carreira, com grande impacto na hierarquia e na trama política por trás do departamento de polícia, ao mesmo tempo que recusa o pedido de casamento de Quinn.
Retornando à fórmula original e explorando situações divertidas, a temporada já começa empolgante e passou, pelo menos para esse que vos escreve, a impressão de que a dupla de antagonistas funciona como uma espécie de versão mais sombria do Dexter e seu pai. Afinal de contas, o personagem de Edward James Olmos realmente existe? Ou seria ele como Harry (pai) uma espécie de mentor/fruto da imaginação de um psicopata?