Arrow 01 x 02 – Honor Thy Father


Nossa avaliação

Depois de um início de temporada que surpreendeu, “Arrow” pisa no freio em seu segundo episódio (mas isso não quer dizer que a qualidade da trama tenha caído). “Honor Thy Father” estabelece Oliver Queen e o Arqueiro Verde de forma mais concisa na trama, porém peca na hora de apresentar vilões e dar vida a um novo personagem das HQs.

O episódio foca (de novo) no drama psicológico de Oliver Queen. Já sabemos que alguma experiência vivenciada por ele na ilha (não só o acidente com o navio, mas também a morte do pai e sua vivência de cinco anos como náufrago) o transformou e fez com o que o playboyzinho mimado e inconsequente se tornasse um homem em busca de justiça, respeitoso. O grande problema é que Oliver não consegue transmitir essa mudança – a grande verdade é que ele não quer transmitir essa mudança -, e passou a ficar isolado, longe de sua irmã Thea e de sua mãe Moira.

Quando isso acontece, Thea dá uma chamada em Oliver, aos pés da lápide do falecido Robert Queen, e faz seu irmão refletir: e essa reflexão tem duas conseqüências. A primeira é o retorno da amizade entre Laurel e Oliver (mesmo com ela ainda o culpando pela morte da irmã; a segunda é a criação de sua “identidade secreta”, deixando claro que o verdadeiro Oliver Queen é aquele que retornou da ilha, que usa capuz verde, arco e flecha. O playboy que todos conheciam se tornou apenas uma máscara, uma defesa para ninguém saber quem ele realmente é (se o primeiro episódio já tinha cara de Batman, esse então, nem se fala). E Oliver consegue deixar essa máscara evidente.

Moira decide que o rapaz, para se restabelecer na sociedade (já que, logo no inicio do episódio, ele reviu seu atestado de óbito) deve cuidar de uma nova unidade das Empresas Queen que seria inaugurada. Oliver fica entre a cruz e a espada, mas percebe que não conseguiria levar a vida de vigilante e de empresário ao mesmo tempo. Usa então a festa de inauguração da nova unidade para mostrar sua “fantasia”: arrogante (e com um jeito meio de bêbado) ele sobe no palanque e diz “Eu não sou meu pai, então parem de me tratar como se eu fosse”. Personagem criado. Máscara colocada.

O episódio também serve para o desenvolvimento de dois personagens apenas pincelados no episódio piloto:Digg” Diggle (David Ramsey), o guarda-costa de Oliver e o Detetive Quentin Lance (Paul Blackthorne), pai de Laurel.  Digg começa a caminhar na trama para ser um mentor de Oliver, um ponto de razão na mente conturbada do herói. E de certo, logo saberá do segredo que ele guarda e será de grande ajuda para o Arqueiro Verde. Já o Detetive Lance é o total oposto, vai contra qualquer atitude do herói, alimentando a ideia de que fazer justiça com as próprias mãos é crime e que qualquer ato do chamado “vigilante” tem que ser punido. Para piorar, Lance também odeia Oliver devido à morte de sua filha Sarah.

A história estava indo bem até ai, quando nos deparamos com um problema: parece que para os roteiristas (pelo menos neste começo) o Arqueiro Verde precisa enfrentar pelo menos um empresário por episódio… e como fazer isso sem tempo hábil? Igual ao episódio anterior, Oliver descobre que um dos “inimigos” da advogada (e sua ex-namorada) Laurel está presente na lista que seu pai lhe deu antes de morrer (contendo os nomes dos empresários corruptos e ladrões de Starling City), daí é só ir atrás do cara, jogar umas flechas e pedir para ele transferir o conteúdo de sua conta bancária para uma instituição de caridade.

Simples. O diferencial foi apenas o nome do vilão, Martin Somers (Ty Olsson), um criminoso que tem laços com a Tríade Chinesa.

“Honor Thy Father”, conta também com a participação da vilã China White (vivida por Kelly Hu, a Lady Letal de “X-Men 2”), a primeira saída dos quadrinhos a ser adaptada para série. A participação dele é bem curta (eu esperava muito mais). Desnecessário ter usado a personagem assim, a não ser que ela retorne.

O episódio acaba com um “teaser” importante para a trama. Moira está conversando e deixa evidente que o “acidente” que matou seu ex-marido e deixou Oliver confinado por 5 anos em uma ilha não foi tão acidental assim, e sim, planejado por ela. Golpe do baú? Será? Veremos.

 

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