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Cate Blanchett

por Daniel Oliveira

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Beleza épica
No meio do caos pretensioso e redundante de “Babelâ€, Cate Blanchett simplesmente olha para a câmera e você entende tudo o que o filme quer dizer. No sobrenatural mal-resolvido de “O dom da premoniçãoâ€, basta o olhar da atriz para termos certeza dos poderes de sua personagem. E quando Kieslowski escreveu a cena de uma mulher que descobre ter matado, por acidente, inocentes em um atentado à bomba, ele não sabia – mas era a imagem do olhar da atriz australiana.

Catherine Elise Blanchett nasceu em 14 de maio de 1969 na cidade de Melbourne. Com dois irmãos e ascendência francesa, ela perdeu o pai – um publicitário texano ex-militar - aos 10 anos. Foi diretora do grupo teatral na escola e viajou pelo mundo para descobrir o que queria fazer. No Egito, um vizinho a convidou para uma ponta em um filme de boxe. Não gostou do trabalho, mas decidiu que atuação era seu destino.

Voltou para a Austrália e, em 1993, ao estrear na Sidney Theatre Company, o Critics Circle a escolheu como Revelação e melhor atriz – tornando-a a primeira pessoa a conseguir os dois prêmios no mesmo ano. Na companhia, conheceu Geoffrey Rush, ao lado de quem ela conseguiu sua primeira indicação ao Oscar em 1998, por “Elizabeth†– apenas seu quarto filme.

Apesar de personagens-título não lhe serem estranhas – “Oscar e Lucindaâ€, “Veronica Guerinâ€, “Charlotte Gray†e “Ainda bem que ele conheceu Lizzie†– ela sabe roubar a cena mesmo em papéis pequenos. Esse talento lhe rendeu o primeiro Oscar, pelo papel de Katherine Hepburn em “O Aviadorâ€. Ironicamente, ela havia recusado a protagonista de “Closer†devido à gravidez, e acabou roubando o prêmio de Natalie Portman, pelo mesmo filme.

A atriz ainda é especialista em salvar projetos subestimados, como “Desaparecidas†e “Paraísoâ€. Ou atuar bem em filmes medianos, como “Veronica Guerin†e “O dom da premoniçãoâ€. Em 2007, ela e o marido Andrew Upton assumiram a direção artística da Sidney Theatre Company por três anos – deixando-lhe apenas três meses por ano para o cinema. Antes disso, ela ainda será vista em “Segredos de Berlimâ€, na continuação “Elizabeth: a era de ouro†e como Bob Dylan, em “Não estou láâ€.

Não bastasse o talento, Blanchett é dona de uma beleza própria e estonteante. Escolhida uma das 50 pessoas mais bonitas do mundo pela revista “People†em 1999, ela brincou que “agora, posso dormir em pazâ€. Confirmando-se como o David Bowie da atuação (apesar de viver Dylan no cinema), foi perguntada sobre a real cor do seu cabelo. “Nem eu seiâ€, respondeu. O olhar revela a fundo as personagens, mas nunca a mulher por trás delas.

E sim, ela atua até de olhos fechados.
Filmografia
  • Hanna (2011), em produção
  • Robin Hood (2010)
  • O curioso caso de Benjamin Button (2008)
  • Indiana Jones e o reino da caveira de cristal (2008)
  • Não estou lá (2007)
  • Elizabeth: a era de ouro (2007)
  • Notas sobre um escândalo (2006)
  • Babel (2006)
  • O segredo de Berlim (2006)
  • Sob o efeito da água (2005)
  • Stories of lost souls (2005)
  • O Aviador (2004)
  • A vida marinha com Steve Zissou (2004)
  • Sobre café e cigarros (2003)
  • Desaparecidas (2003)
  • Veronica Guerin: O custo da coragem (2003)
  • O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (2003)
  • O Senhor dos Anéis - As Duas Torres (2002)
  • Vida Bandida (2001)
  • Chegadas e partidas (2001)
  • Charlotte Gray - Paixão sem fronteiras (2001)
  • O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (2001)
  • O dom da premonição (2000)
  • Porque choram os homens (2000)
  • O talentoso Ripley (1999)
  • Alto controle (1999)
  • Um marido ideal (1999)
  • Elizabeth (1998)
  • Oscar e Lucinda (1997)
  • Ainda bem que ele conheceu Lizzie (1997)
  • Um canto de esperança (1997)

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