(RODRIGO CAMPANELLA) escreve para Igor Costoli (O Céu de Suely) e Mariana Souto (O Passageiro – Segredos de Adulto)
1) Ganhar uma trilogia (involuntária) para renovar a fé no cinema pela próxima década: “O Labirinto do Faunoâ€, de Guilhermo Del Toro, “Filhos da Esperançaâ€, de Alfonso Cuarón e “O Grande Truqueâ€, de Christopher Nolan.
2) Dar de cara nas bancas com uma ‘Rolling Stone’ e uma ‘Bizz’ de um lado e uma ‘piauÃ’ de outro. Divergências à parte, bom descobrir que talvez o papel ainda sirva para arriscar alguma coisa interessante.
3) Perceber que o bonde da história atropela muita gente, que só foi admitir inteligência nas séries de TV quando “Lost†e “Grey´s Anatomy†já tinham toneladas de espectadores. E anos atrás eu já tinha a sorte de passar tardes/noites com “Seinfeldâ€, “3rd Rock from the Sunâ€, “Scrubsâ€, “Spin Cityâ€, “Aliasâ€, “South Parkâ€, “FamÃlia Sopranoâ€, “Oz†– a maioria agora lançada nos devidos dvds.

Esperança difÃcil
4) Ser editor do pÃlula por (mais) um ano e descobrir onde o calo aperta, qual o ponto em que o caldo entorna e que compensa tocar o barco. Dentro da lei ou fora-da-lei.
5) Encontrar tardiamente mas nem tanto um dos álbuns da década ainda em 2006: o caos e a criação no quintal, com Sir Paul McCartney. Descobrir que Caetano ainda tem o que cantar, apesar das opiniões em geral muito estranhas. E que o rock ainda não deu tudo o que tinha, com o System of a Down.
6) Fuçar na Internet e na vida até dizer chega para descobrir Samuel Fuller, Alejandro Jodorowsky, Godard, Chris Marker, Cassavetes, Chantal Akerman, Norman McLaren... E descobrir que o barco que já se acreditava um pouco adiantado na viagem, nem chegou a sair do porto ainda. Avante!