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Conexão Vivo

por Natália Becattini

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O Conexão pode ter mudado de nome, mas não mudou na qualidade e variedade do evento. Durante nove dias, artistas de todo o país vão dividir o palco montado no Parque Municipal e agitar a capital com seus estilos e influências diferentes. E, é claro, você acompanha aqui, no Pílula Pop, um pouquinho do que rolou e vai rolar nesses dias de festival.

Sexta, 02 de maio

Los Porongas - O Acre existe mesmo

por Taís Oliveira

Fotos:

A última atração a entrar no palco do Conexão Vivo na sexta-feira (02/05) foi o Los Porongas. A banda acreana, que vem sendo elogiada por fãs e crítica há algum tempo, esteve em Belo Horizonte a convite do Falcatrua, e trouxe consigo o título de promessa do rock brasileiro.

O grupo conquista rápido, a começar pela presença de palco do vocalista Diogo, que canta como se fosse o último show de sua vida e ainda solta umas tiradas boas – “Tudo ao contrário, essa se chamaâ€. O Los Porongas é daquelas bandas totalmente encaixadas: você olha para o vocalista e percebe que ele canta muito bem; mas o guitarrista é muito bom, olha só; e esse baixo também é perfeito; mas não vamos nos esquecer do baterista, é ótimo. Não conheço o Acre, mas devem ter pegado os melhores músicos do estado e colocado todos na mesma banda. É impossível falar quem é o melhor, e é por isso que o show é tão redondo. Mesmo assim, o guitarrista merece destaque, não só pelas ótimas melodias, mas por ser um cara que tem pedais e sabe como usá-los! Uma lição para todos os guitarristas por aí.

Depois de três músicas, o vocalista do Falcatrua é chamado para se juntar à banda de Rio Branco. E o resultado é um cover de “Come Together†tão fantástico, tão catártico, que é melhor não estragá-lo tentando descrevê-lo aqui. Mas ainda teve espaço para mais Los Porongas: depois do cover veio o “hit†“Ao Cruzeiro†– que aqui em BH fica ambíguo. Quem conhece a música, que foi incluída na coletânea “Le Nouveau Rock Brésilienâ€, não botaria defeito na versão ao vivo. Muito pelo contrário, já que a energia do palco faz uma boa canção ficar melhor ainda. Para finalizar, “Não háâ€. "Não acredite na intenção não revelada, não admita se vier a conhecer", canta Diogo. E as letras ainda são legais!

Sábado, 26 de abril

Dead Lovers, Odair e Móveis

por Natália Becattini

Fotos: Divulgação

Pelo menos dois shows que agitaram o Parque Municipal na noite de sábado estavam na lista dos mais aguardados do Conexão Vivo. Por sorte, consegui chegar no inicio do primeiro deles Dead Lovers Twisted Heart no palco com o cantor brega Odair José numa parceria que deu certo.

A banda entrou sozinha - cheia de estilo, conforme anunciado -, e mandou logo três músicas próprias em meio a uma iluminação multicolorida. O público ouvia atento, mas sem se manifestar muito, exceto por um ou outro grito de aprovação que se ouvia de vez em quando.

Depois da excelente baladinha “Don´t Pass Me Byâ€, eles pararam para anunciar a primeira convidada da noite. Sarah Assis, uma menina meio punk segurando um acordeom, entrou em cena, colocando mais um ingrediente bem sucedido na mistura. Uma música depois, era a vez de Odair José juntar-se ao grupo, ovacionado pela platéia. A partir daí, o repertório passeou pelos grandes hits brega do cantor, como "Cadê Você", "Ninguém Liga pra Mim" e "A Felicidade". E não se espante com a parceria inusitada. Segundo a banda, todos eles são grandes fãs do Odair e desde que souberam que poderiam convidar alguém para o show já sabiam que seria ele. O cantor também adorou a experiência: “Foi um prazer. É muito bom conhecer músicos jovens e eu adoro Belo Horizonte.â€

Tattá Spalla levou sua filha como convidada. A menina cantava bem, mas confesso que foi essa a hora que tirei para me sentar um pouco e cumprimentar alguns conhecidos, como a maior parte dos presentes. Já o Udora conseguiu reunir um bom número de pessoas em frente ao palco e arrancou algumas palmas do público. Ponto para o encerramento em alto astral com uma música da época em que a banda cantava em inglês.


Feijoada Búlgara

Por último, o show mais esperado da noite: Móveis Coloniais de Acaju apareceu e com ele uma multidão que não estava ali para as outras apresentações. Com a irreverência habitual, o repertório da feijoada búlgara não decepcionou, incluindo “Perca Pesoâ€, “Copacabana†e, óbvio, “Seria o Rolex?â€, além de covers mais-que-bem-vindos do Ultraje a Rigor.

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