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Lugares pequenos, shows bacanas

Cachorro Grande ao vivo - A Obra, BH, 08/12/04

por Braulio Lorentz (fotos e texto)


O vocalista e o close

A Cachorro Grande foi notícia neste começo de ano na pensata de Lúcio Ribeiro, publicada semanalmente na Folha on-line. Leitores da coluna apontaram a Cachorro como grande destaque do cenário independente brasileiro. O quarteto ocupou o topo da lista de melhores bandas indies de 2004 e os principais motivos para o grande número de indicações foram os “shows explosivos†feitos por todo o país. No dia 8 de dezembro de 2004, Belo Horizonte recebeu pela segunda vez um desses shows.

A apresentação era uma das mais esperadas do “Festival O MELHOR DA OBRAâ€, que em pouco mais de uma semana trouxe à BH atrações como Faichecleres (PR), Rogério Skylab (RJ) e Astronautas (PE). A estréia dos camaradas gaúchos em solo belohorizontino foi no Coca-cola Music, um dos melhores eventos que a capital mineira recebeu no ano passado e que contou com a presença de Nação Zumbi, Dead Fish e a decepção gringa Lemmonheads.


O microfone e o teto

Shows em lugares pequenos costumam ser melhores do que em ginásios e locais de proporções maiores. A máxima defendida por uma amiga minha pode muito bem ser aplicada neste caso. A frase originalmente diz respeito ao show do Libertines na Fnac, em São Paulo. O pocket show do quarteto britânico na loja paulista foi comparado naquela ocasião ao concerto no Tim Festival, para uma platéia de 2 mil pessoas.

O ditado “Lugares pequenos, shows bacanas†pode ser muito bem aplicado ao show da Cachorro Grande naquela noite chuvosa de quarta-feira. A versão tamanho família do show da Cachorro n’A OBRA não poderia deixar de ser a apresentação dos caras no Coca-cola Music.


O guitarrista e a inclinação

Música nova, moshs malas, hits indies, empurra-empurra, calor insurpotável. Os gaúchos fizeram uma apresentação para fazer doer os pés dos presentes, por causa dos pisoteios alheios e por causa dos pulos acompanhando canções como as agitadas “Pedro Balão†e “Hey Amigoâ€. “Que Loucura!†e “Sexperienced†são cantadas em uníssono. “Dia perfeito†ganha uma versão ao vivo que não deixa nada a desejar se comparada às possibilidades sonoro-tecnológicas que um estúdio proporciona. Méritos do tecladista Pedro Pelotas. "Lunático" e "Charlote Grapevine", ambas do disco de estréia, são as duas últimas do set.

O bis é inevitável, mas não conta com a participação do vocalista Beto Bruno, que deixa o microfone com o guitarrista Marcelo Gross. Já estávamos acostumados com a cena: aquela não foi a primeira vez que Beto saiu do palco para a banda metaforicamente quebrar tudo. Às vezes eles quebram tudo literalmente também, mas não foi dessa vez.

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