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Os 10 principais abalos no cinema pop em 2005*

*Em grau de efeito registrado na escala Richter

por Daniel Oliveira e Rodrigo Campanella

Fotos: Divulgação

Should I stay or should I go? 8 pontos na escala Richter

De repente, a TV parece ter ficado mais interessante que o cinema. Com fenômenos como “Lost†e “Desperate housewivesâ€, as pessoas começaram a perceber que série não significa enlatado. E a qualidade e o elenco das produções para TV estão equivalentes ao cinema. Às vezes, até melhor. A venda de ingressos despencou. Filme ruim não foi perdoado. E a indústria cinematográfica passou o ano discutindo a relação – ao que parece, para continuar tudo do mesmo jeito. Tomara que não.

O fim. 7 pontos na escala Richter

O Luke não foi pro lado negro, mas o Anakin, finalmente, foi. Quase 30 anos depois do primeiro filme, “Star Wars – Episódio 3: A vingança do sith†“Star Wars – Episódio 3: A vingança do sith†encerrou a saga Skywalker, deixando alguns satisfeitos, outros não. Mas duas coisas são certas: George Lucas não sabe dirigir atores e o filme foi a maior bilheteria do ano passado – mais de US$ 800 milhões.


Era uma vez, numa rainha muito, muito distante...

O início. 6.5 na escala Richter

Parecia difícil convencer o público de que Batman era um personagem sombrio, depois do pesadelo Joel Shumacher. Mas Christopher Nolan (Amnésia) e Christian Bale (Psicopata Americano) conseguiram. Na opinião de alguns, com louvor. “Batman begins†conseguiu a proeza de ser divertido e sóbrio. E, para o estúdio, abriu as portas para uma nova saga cinematográfica do morcego. Mais por vir. E, de repente, junto dos quadrinhos do morcego todo mundo estava comprando um certo livrinho, primeiro de uma certa ‘trilogia de quatro livros’. “O Guia do Mochileiro das Galáxias†pode não ser o clássico que alguém esperava, mas vai direto pro coração.


“Ó céus, ó vida, ó azar...â€. Com vocês, Marvin,
o verdadeiro e único Paranoid Android.

O novo. 6 pontos na escala Richter

De exageros como “o novo Pulp Fiction†a narizes torcidos de fãs da HQ, “Sin City – A Cidade do Pecado†não passou em branco. A parceria de Robert Rodriguez, Quentin Tarantino e Frank Miller traduziu a obra deste último, fazendo um filme graficamente interessante. Filmado com um elenco estelar em fundo verde, o filme foi bem de bilheteria e até no Festival de Cannes ele foi parar. Uma seqüência já está em produção. E teve até editor do Pílula que quase teve o mesmo destino do canibal vivido por Elijah Wood, por não ter dado 100º para o filme.


“Sin Cityâ€: balas, suor e sexo para menores de 18.

A dupla com dois. 6 pontos na escala Richter

Consagrando uma parceria que nasceu virada para a Lua, Tim Burton e Johnny Depp entregaram não uma, mas duas pérolas em 2005. “A fantástica fábrica de chocolate†foi o melhor filme-família do ano passado, enquanto “A noiva cadáver†manteve vivo o stop motion em Hollywood, com um humor sarcástico e adulto. Difícil escolher entre os dois. E outro filme da dupla, Sweeney Todd, já foi anunciado...


Você acha que o Willy Wonka parece o Alex, de Laranja Mecânica, à toa?

A dupla com dois, parte dois. 5.5 pontos na escala Richter

Um fracasso retumbante de público era anunciado para o cinema nacional em 2005. Até que Ângelo Antônio, Breno Silveira e os atores infantis mais carismáticos do Brasil invadiram a tela grande. “Dois filhos de Francisco†venceu preconceitos, fez rir, chorar e arrebatou grandes e pequenos públicos. E fechou o ano como a maior bilheteria do cinema brazuca nos últimos 25 anos. Depois de Zezé di Camargo e Luciano, qual será a próxima dupla sertaneja a se aventurar em película?

A fofoca. 4 pontos na escala Richter

O medo reinava quando “Sr. e Sra. Smith†chegou aos cinemas, sob rumores do romance de Brad Pitt e Angelina Jolie. Assim como da separação do astro com a friend Jennifer Aniston. Resumindo a novela: o filme foi bem aceito pelo público, o sofrimento de Aniston foi parar na Oprah, e Jolie está grávida. A grande outra fofoca foi que um certo David Cronenberg havia se vendido à mesma Hollywood do casal Smith com “Marcas da Violênciaâ€. Que nada. No melhor estilo David Lynch, o homem por trás de “A Mosca†entregou sua porrada numa bandeja de prata.


“Marcas da Violênciaâ€: Cronenberg troca a arma do rei
do Senhor dos Anéis e põe Hollywood pra dançar.

O gigante vs. os pequenos. 4 pontos na escala Richter

Antes que 2005 mandasse um abraço, uma disputa fez ferver um ano que andava meio morno. Enquanto “As crônicas de Nárnia: o leão, a feiticeira e o guarda-roupa†chegou às telas sob críticas controversas, “King Kong†arrebatou grande parte da imprensa especializada, apesar das ressalvas quanto à longa duração. Talvez por esse último quesito, nas bilheterias, os pequenos Pevensie estejam batendo o gorilão – que, vamos assumir, é um filmaço bem melhor que Nárnia. No meio da briga, Potter 4 recolheu seus muitos milhões de dólares mas saiu rapidamente (e de fininho) da boca do povo.


Sr. Kong manda sua cara de bons amigos para o Pilula Pop.

Nadou, nadou e morreu n’A ilha. 3.5 pontos na escala Richter

“A Ilha†talvez seja até um pouco melhor que outros filmes de Michal Bay (o diretor de, sugestivamente, Armagedon). Mas, sabe-se lá porquê, de repente, as pessoas perceberam que aquilo não era bom. Nem original. Com um custo de 200 milhões de dólares, o filme foi um dos maiores fracassos do ano nas telonas, não chegando nem à metade disso nos EUA. Fica comprovado de que o poder de destruição de Bay vai muito além dos carros-pessoas-prédios que explodem. E dá pena mesmo de Ewan McGregor e Scarlett Johansson

, que são dois atores bem bacanas e entraram nesse barco furado.


Fay Wray e King Kong? Nada, o casal do ano é esse aí de cima.

Nóis na gringa. 3 pontos na escala Richter

Bairrismo é bom e a gente gosta. 2005 foi o ano em que o talento brasileiro tomou algumas (poucas) rédeas do cinema internacional, com resultados diversos. Primeiro, Walter Salles (Diários de motocicleta) recebeu a encomenda de um terror japonês e entregou um drama, em “Ãgua negraâ€. Executivos sanguinários queriam a sua cabeça em uma bandeja – como não conseguiram, picotaram seu filme na ilha de edição. Já Fernando Meirelles fez um dos melhores filmes do ano, em “O Jardineiro Fiel†afirmando a ascendência de sua carreira e colecionando indicações às principais premiações gringas. E o filme é inglês, e não hollywoodiano!

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