Busca

»»

Cadastro



»» enviar

Yes, nós temos Rock n’ Roll de verdade

Cachorro Grande e Nação Zumbi ao vivo

por Guilherme Miquelutti

Fotos: Divulgação

» receite essa matéria para um amigo


Cachorros fazem profecia sobre as próximas horas...

Trazer bandas nacionais para um festival de bandas internacionais tão grandes e renomadas como as do Claro Q É Rock é muito mais do que prestigiar a prata da casa. É também garantir público para o evento. Goste ou não, a música nacional vende mais que a internacional. O desafio seria escolher quais seriam escaladas para um festival “de rock de verdadeâ€. Quais os grupos brasileiros, de qualidade e que atraem muitos fãs, estariam a altura da noite mais rock n’ roll do ano? A resposta não poderia ser outra: Cachorro Grande e Nação Zumbi.

A Cachorro Grande pode nem ser a melhor banda nacional, mas sem dúvida é a mais rockeira. E o que se viu na passagem desses gaúchos pelo palco foi o óbvio e o esperado: rock n’ roll. Com estilo e sonoridades sessentistas, a banda passeou, ainda na claridade do dia, por todos os seus três discos. Curiosamente, o que mais estimulou o público, que não somava nem metade do que ainda apareceria pelas Chácaras do Jóquei, foi a música “As Próximas Horas Serão Muito Boasâ€, faixa título do segundo álbum da banda. Não precisava ser profeta para saber disso.

Recém-emergida do cenário independente, a Cachorro tocou entre as apresentações das bandas concorrentes do festival, apesar de já ter gabarito para tocar entre os grandes. Principalmente após a atração teen do evento, o Good Charlotte. Já a Nação Zumbi, se tocasse depois do Good Charlotte, seria um disparate. E foram justamente eles que começaram a mandar a criançada embora. A partir de agora a noite era dos adultos.

A Nação não estava para brincadeiras. Lucio Maia que o diga. O peso e a precisão de sua guitarra foram mais do que suficientes e impressionantes para uma noite que ainda veria potências mundiais do instrumento, como Lee Ranaldo, Thurston Moore (ambos do Sonic Youth) e Ron Asheton (Stooges). Se a edição carioca do Claro não pôde ver os caras por causa dos problemas de atraso, a edição paulistana viu e cantou junto. Muitas canções eram do novo disco, o ultrapsicodélico Futura, mas houve tempo para grandes sucessos como “Quando a Maré Encher†e “Manguetownâ€, que ganhou uma nova roupagem. Sensacional. Tambores e guitarras garantiram uma das apresentações mais pesadas da noite.


Cartolas: and the winners goes to... Rio de Janeiro!

Outra atração brazuca ainda brilharia na noite de 26 de novembro de 2005. Brochando o bis do Nine Inch Nails, Rafa, VJ da MTV, anunciou a grande vencedora do festival Claro Q É Rock 2005. A banda Cartolas, de Porto Alegre. Ela foi a vencedora do concurso de bandas independentes, que selecionou seus oito finalistas durante a turnê do Placebo ao vivo, em abril deste ano. A trupe gaúcha ainda ganhou (mas não levou) o direito de dar uma canja abrindo a edição carioca do Claro Q É Rock. Parabéns pra eles.

« voltar para o início

» leia/escreva comentários (0)