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Na quinta-feira, último dia do Fórum.doc, São Pedro decidiu presentear BH (e outras capitais brasileiras, informam os noticiários) com uma versão particular daqueles desfiles que a Disney apresenta para os turistas de hora em hora. Funcionava assim: de vinte em vinte minutos, uma pancada de chuva, possivelmente na busca do pingo perfeito. Como primeiro resultado lógico, o trânsito do centro da cidade parou.

Com isso, dá-lhe ônibus para andar cinco quarteirões e depois perceber que se vai chegar mais rápido à pé e motoristas afogando os carros nas poças em cima de pedestres para avançar rapidamente...três metros. Alguém deveria dedicar atenção, e alguns estudos qualitativos, à relação direta entre a queda do coeficiente de inteligência e o posicionamento do pé em um acelerador.

O anúncio dos premiados só comprovou aquele estilo caseiro que está na página 1 desses escritos. Os vitoriosos foram anunciados no começo da escada que leva ao palco, ali perto da primeira poltrona, em uma divertida sem-cerimônia. Na competitiva internacional, levou o português “À Flor da Pele (On Edge)â€, de Catarina Mourão. A nacional ficou com “Xinã Bena, Novos Tempos†do realizador indígena Zezinho Yube Hunikui, impressionante por colocar o espectador ‘da cidade’ incomodado ao perceber como nossa visão do mundo indígena ainda é estereotipada e mumificada. Outro mérito, deixar visível que ao tentar transformar o mundo indígena em museu vivo praticamente implodimos uma cultura e seu orgulho.

Rapidamente os anúncios terminaram e a tela se aprumou para a próxima (e última) sessão. Tudo assim, em casa. Diga-se de passagem, mais cheia que o habitual, tanto do lugar (a Humberto Mauro), quanto dos anos passados.

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