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08 de outubro – A rapidez da festa

Onze e meia da manhã

por Rodrigo Campanella

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Exatamente porque um festival oferece interesse demais em dias sempre de menos para o que a gente quer assistir – ainda mais quando tudo é oferecido de graça via leis de incentivo – certos filmes correm o risco de ser atropelados pelo próprio embalo de ver muitos filmes.

Será que se eu visse “O Dia em que o Porco Caiu no Poço†com tempo para pensar sobre ele, e sem a ansiedade de uma maratona cinematográfica, teria gostado mais?

Ou realmente esse primeiro filme do coreano Hong Sang-Soo, com mostra dedicada a ele no Indie 07, é o que me pareceu de bate pronto: algo bem filmado, mas com carência de vida, de movimentos confusos e humanos? Fiquei com a impressão de um filme muito lento e bem longo, e ele não é nenhuma das duas coisas (tem 115 minutos, informa o catálogo). E a impressão talvez seja essa porque cada personagem do filme parece estar ali só para ser movimentado pelo diretor de uma casa a outra no tabuleiro, de uma situação a outra – mas as situações são os desencontros e esbarrões que essas pessoas se dão.

A impressão ficou assim: um filme descarnado dele mesmo. Mas visto na loucura de uma mostra, e depois do violentamente carnal “Savage Graceâ€, é uma opinião que merece uma segunda visita, com mais calma, alguma outra hora. Por enquanto, acho que se fosse um mangá publicado, e não um filme fechado, teria mexido mais com a minha cabeça.

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