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Ch-ch-ch-changes

03.04.07

por Dani Freitas

Joss Stone - Introducing Joss Stone

(EMI, 2007)

Top 3: “Tell me ´bout itâ€, “Put your hands on meâ€, “Baby Baby Babyâ€.

Princípio Ativo:
Mudanças

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Não é por acaso que o novo álbum de Joss Stone, Introducing Joss Stone, começa com uma vinheta que fala sobre mudanças. A cantora inglesa deste disco não lembra em nada a menina loirinha e hippie do início de carreira. As longas madeixas loiras ficaram ruivas; o figurino sem maquiagem e comportado foi trocado por roupas ousadas e com muita produção.

A música de Joss Stone também mudou, e muito. Introducing Joss Stone foi produzido por Raphael Saadiq, que já produziu artistas como Snoop Dogg, D'Angelo e Macy Gray. Neste álbum, a soul music dos trabalhos anteriores divide e muitas vezes dá espaço para o R&B e o hip-hop. Apesar de Saadiq ter ajudado bastante o CD a ganhar essa cara, a grande responsável pela mudança foi a própria cantora. Ela diz que esse é o disco que mais representa o que ela quer passar como artista.

Em Introducing Joss Stone encontramos várias músicas que poderiam muito bem estar em algum disco da década de 70 lançado pela Motown (gravadora que entre outros nomes, revelou Michael Jackson) ou na trilha de Dreamgirls. Merecem destaque “Girl they won´t belive itâ€, “Arms of my Baby†e “Baby baby babyâ€. Elas têm tudo que um bom R&B precisa: uma batida gostosa, uma poderosa voz e bons backing vocals.

Este estilo também está presente em outras músicas, mas misturado com alguns elementos do hip-hop. E é aí que Joss Stone se encontra. “Tell me ´bout it†e “Put your hands on me†seguem esta linha e são as melhores músicas do CD. Para não decepcionar demais os fãs antigos, no fim do disco encontramos três músicas, “Bruised but not brokenâ€, “What were we thinking†e “Music Outroâ€, que mostram a Joss Stone do início de carreira, com um soul um tanto quanto arrastado.

Introducing Joss Stone merece dois destaques. Um deles são os backing vocals. Eles estão impecáveis. Em todas as músicas eles estão muito bem colocados e dão a elas um charme a mais. O outro fica para as participações especiais. Mas o destaque aqui é negativo. O rapper Common canta na música “Tell me what we´re gonna do nowâ€. Sua participação se resume em declamar um rap no fim da canção que ficaria bem melhor se ele não estivesse lá. A outra participação é de Lauryn Hill em “Musicâ€, uma das piores faixas do disco, em que a maravilhosa cantora é mal aproveitada, também cantando um rap totalmente desconectado do restante da música.

Esse pequeno deslize, porém, não estraga o álbum, que mostra uma Joss Stone muito diferente, mas com o mesmo talento de sempre. Os antigos fãs da cantora podem até estranhar e não aceitar Introducing Joss Stone, mas os que são apenas fãs de boa música estarão muito bem servidos com ele.

Não, a gente não botou a foto da pessoa errada

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