Busca

»»

Cadastro



»» enviar

Humanos e/ou dançarinos

03.12.08

por Leonardo Sales

The Killers – Day & Age

(2008)

Top 3: "Human", "Spaceman" e "The World We Live In".

Princípio Ativo:
Synth pop

receite essa matéria para um amigo

Após o fracasso de crítica do segundo disco, Sam's Town, sucessor de um impactante trabalho de estréia, os Killers voltaram. Eles reatam as afinidades com o pop oitentista, de U2 a Pet Shop Boys, que marcou a sonoridade com a qual a banda se lançou há quatro anos.

Brandon Flowers (o homem das caras socáveis) e cia. mostram maior segurança em seu novo trabalho, produzido pelo badalado Stuart Price (Madonna, Keane). É o que mostram os primeiros instantes da faixa de abertura de Day & Age lançado no último dia 24. "Loosing Touch" é um típico hino Killers, mostrando que o quarteto de Las Vegas não pretende se desgarrar de suas influências new wave.

A segunda faixa, "Human", primeiro single de D&A, disponível na rede há um tempo, está imersa na dance music. Na seqüência, temos "Spaceman", narrando uma abdução que mais parece a descrição de uma experiência psicotrópica. A frase "Está tudo em minha mente" encerra a canção, que deve ser a próxima música preferida de DJs afeitos a refrões explosivos.

O ritmo permanece com a animada "Joy Ride", um rock temperado com um certo swing que conta até com solos de metal. Mas o clima dançante de D&A começa a dar lugar a uma atmosfera mais séria e densa com as brilhantes "A Dustland Fairytale" e "This is your Life".

A chuva de elogios dá uma longa estiada com "I Can´t Stay". A canção tem uma levada caribenha que quebra a coerência do disco. Uma pena que, ao pularmos de faixa, não caímos em algo melhor: "Neon Tiger" e seu refrão brega soam como sobra do disco de sobras, Sawdust, lançado pela banda em 2007.

Apesar do tropeço, o disco recupera seu fôlego com "The World We live In", que nos remete ao New Order. As intensas "Goodnight, travel well" e "A crippling Blow" (no extra da edição inglesa) encerram o álbum que tem tudo pra cair no gosto dos fãs e soa como um convite àqueles que ainda não são.

Ó dúvida cruel: are we human or are we dancer?

» leia/escreva comentários (8)