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X-Heroes

01.06.09

por Igor Vieira

Heróis

(Push, EUA/Canadá/Reino Unido, 2009)

Dir.: Paul McGuigan
Elenco: Chris Evans, Dakota Fanning, Camilla Belle, Djimon Hounsou, Neil Jackson, Scott Michael Campbell

Princípio Ativo:
Heroes sem Tim Kring

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Grupo de pessoas com habilidades especiais é perseguido ao redor do mundo por uma divisão do governo norte-americano para a realização de experiências clandestinas. Poderia ser a última temporada de “Heroes†ou sua adaptação para os cinemas. Mas, apesar do título, “Heróis†(péssima e esperta tradução de “Pushâ€) não tem ligação com o seriado nerd.

Embora seja clara a influência da obra de Tim Kring e, por consequência, dos X-Men, a fita não aborda a relação entre humanos e mutantes nem o possível impacto de sua presença no mundo. O foco está nos protagonistas “especiaisâ€, surgidos durante a segunda guerra quando nazistas fizeram experimentos em pessoas com habilidades psíquicas, tentando transformá-las em super-soldados. No mundo todo, governos fundaram “Divisões†que deram continuidade a essas experiências, rastreando e caçando cobaias para usar como armas de Estado.

Nick (Evans) é um mover, um telecinético que perdeu o pai quando criança num ataque da Divisão. Vivendo em Hong Kong, ele recebe a visita de Cassie (Fanning agora adolescente), uma watcher que vê no futuro a chance de destruir a Divisão e salvar as pessoas como eles. Basta encontrar uma foragida e uma mala(?!) antes que a Divisão o faça. Ou seja, uma missão no melhor estilo “save the cheerleader, save the worldâ€.

A fugitiva é Kira (Belle), uma pusher capaz de colocar pensamentos na mente das pessoas e única sobrevivente à injeção que a Divisão aplica nas presas para turbinar seus poderes. Para encontrá-la, os dois vão enfrentar, além dos sniffers, pushers e movers da Divisão norte-americana, outros habilidosos da máfia chinesa.

A trama de “Heróis†equivale a uma temporada inteira de “Heroesâ€. Só que o roteiro, mesmo não sendo inovador, é redondo e sem furos. A edição, o design de produção e a direção ficam a anos-luz da série. Os atores são competentes e muito bem liderados pela talentosa Dakota Fanning, que prova não ser somente mais uma criança-prodígio. E as cenas de ação e efeitos especiais são dosados na medida certa, evitando que o orçamento abaixo da média comprometa a qualidade.

“Heróisâ€, que estreou fora da temporada de blockbusters nos Estados Unidos, chega ao Brasil entre promessas como “Star Trekâ€, “Wolverine†e o novo “Harry Potterâ€. Apesar do tema popular, não deve fazer tanto barulho como os genuínos arrasa-quarteirões da temporada. Que sirva, pelo menos, de lição para Mr. Kring. Uma boa ideia na cabeça pode sim virar uma boa ideia em ação.

Mais pílulas:
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Fanning: adolescente, mas continua esguelando como em “Guerra dos mundosâ€.

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