Busca

»»

Cadastro



»» enviar

Libertines

por Natália Becattini

receite essa matéria para um amigo


Libertines: mauzinhos...
No inicio desta década, uma grande onda de revitalização do garage rock surgiu e, com ela, uma leva de novas bandas: nos Estados Unidos, surgiram os Strokes, e a Suécia contribuiu com o The Hives. O Reino Unido, é claro, não podia ficar de fora desse novo movimento do rock e tratou logo de produzir seu próprio exemplar. Foi aí que surgiu o The Libertines.

Em 2002, os amigos e encrenqueiros Pete Doherty (voz e guitarra) e Carl Barat (voz e guitarra) se juntaram a mais dois ingleses de cabelos bagunçados: John Hassal (baixo) e Gary Powell (bateria). Menos de um ano mais tarde, eles já lançavam o primeiro disco, Up The Bracket, contendo sucessos como Time for Heroes, e a música que dá nome ao álbum, Up the Bracket, que chegaram a compor a lista de 50 maiores hits indies da NME. As melodias irresistivelmente pop e letras que giravam em torno do uso drogas e da amizade entre Pete e Carl. A resposta da crítica inglesa foi rápida e positiva: chegaram a dizer que o Libertines era a maior banda de rock da Grã-Bretanha desde o The Clash.

Apesar do sucesso de crítica e público, talvez o grupo já estivesse fadado ao fim precoce. Isso devido ao temperamento impossível de Doherty. Baderneiro de plantão, Pete vivia se envolvendo com a polícia e sustentava um vício em heroína e crack, mas foram as constantes brigas com Barat que desgastaram a relação entre os membros da banda. Em agosto de 2002, os dois vocalistas se esmurraram antes de um show na Inglaterra. Pete simplesmente desapareceu, deixando os companheiros se apresentarem sozinhos. Isso fez com que ele fosse aos poucos se afastando dos outros.

Algumas prisões e fugas de clinicas de reabilitação depois, Pete invadiu a casa de Barat enquanto o resto do Libertines (e o guitarrista Anthony Rossamondo em seu lugar) estava em turnê pelo Japão. De lá ele levou uma guitarra, um gravador de vídeo, um laptop, uma gaita de boca, um cd player e seis meses de prisão, dos quais cumpriu três.

A banda acabou oficialmente em 2005, mas Doherty e Barat voltaram a se apresentar juntos algumas vezes. Antes disso, porém, eles tiveram tempo para lançar o segundo disco, intitulado The Libertines, que rapidamente alcançou o primeiro lugar de vendas no Reino Unido e emplacou hits como Can´t Stand Me Now. Atualmente, Pete se dedica aos Babyshambles e Carl Barât ao Dirty Pretty Things, que conta com a participação do baterista original dos Libertines, Gary Powell. O lançamento da coletânea Time for Heroes, sem nenhuma música inédita, e de um bom disco dos Babyshambles, Shotter´s Nation, em 2007, foram sinais de que o defunto está mesmo enterrado, mas que ele ainda vai servir de adubo para muitas novidades.

... e mauzões.
Discografia:
  • Time for Heroes - The Best Of The Libertines (coletânea) - 2007
  • The Libertines – 2004
  • Up the Bracket – 2002

» leia/escreva comentários (0)