Eles não perdem a pose...
Ternos alinhados, penteados bem-feitos, expressões sérias. Esse não parece o perfil uma banda de rock, mas é assim que se apresentam os norte-americanos do Interpol, que chegam nesta semana para uma turnê no Brasil. O grupo toca dia 11 em São Paulo, dia 13 no Rio de Janeiro e dia 15 em Belo Horizonte.
O público brasilero não vai encontrar sorrisos, mas pode esperar uma apresentação intensa de Paul Banks (vocal e guitarra), Daniel Kessler (guitarra), Carlos Dengler (baixo) e Sam Fogarino (bateria). Carlos Dengler, mais conhecido como Carlos D, entrou ano passado na lista da NME das pessoas mais legais do rock atualmente. O sucesso de crÃtica vem sendo acompanhado pelo público, que colocou o disco mais recente da banda,
Our Love To Admire, no quarto lugar da Billboard no seu lançamento.
O Interpol é uma das principais bandas da retomada do rock de Nova York nesta década, junto com grupos como
Strokes e
Yeah Yeah Yeahs, que também já passaram pelo Brasil, nas edições de
2005 e
2006 do Tim Festival. A preocupação com o estilo e a grande influência de bandas cultuadas em décadas passadas são fortes caracterÃsticas desta turma.
No caso do Interpol, as roupas e melodias sombrias são espelhadas no pós-punk dos ingleses do
Joy Division. As letras pessimistas e o som grave devem muito a estes precursores. Na releitura dos norte-americanos, o barulho de guitarras e teclados aumentou ainda mais nos três albuns de estúdio até agora: Turn On The Bright Lights (2002), Antics (2004) e Our Love To Admire (2007).
O show que passa pelo Brasil faz parte da turnê de Our Love to Admire, disco que colocou três faixas nas paradas roqueiras: "The Heinrich Maneuver", "Mammoth" e "No I in Threesome". O set-list dos últimos shows da banda também inclui os sucessos dos dois discos anteriores, como “Obstacle 1â€, “Evil†e “Slow Handsâ€.
... nem na hora de atravessar a rua.