Nascido a 21 de dezembro de 1948 na capital norte-americana, Samuel Leroy Jackson foi criado pela mãe que, desde cedo, fez com que o filho tivesse consciência de sua condição racial. Foi também na infância que ele desenvolveu uma série de habilidades - uma delas, a de não piscar, é até hoje um de seus trunfos em cena.

Das aulas para desenvolver a arte de falar em público veio o gosto pela atuação. A graduação em Artes Dramáticas o envolveu com os movimentos raciais, que marcariam muitos de seus filmes. Esses, por sua vez, vieram após um comercial de hambúrgueres e pequenos papéis na TV.

Nos anos 80, Jackson chamava a atenção de crítica e público, mas seu envolvimento com drogas o afastava de bons papéis. Foi o amigo Spike Lee que insistiu no ator, em filmes como “Lute pela Coisa Certa�, “Faça a Coisa Certa� e “Mais e Melhores Blues�. Após a rehab, ironicamente, ele interpretaria o viciado em crack de “Febre da Selva�. Outro longa de Lee, o trabalho lhe rendeu o prêmio de melhor ator coadjuvante em Cannes - categoria criada exclusivamente para premiá-lo em 1991.

A partir daí, a carreira de Sam Jackson decolou, com uma das maiores médias de filmes por ano na década de 90. Chegando a sete produções em menos de 12 meses, ele contracenou com astros das mais diversas grandezas: de Milla Jovovich (Sem Risco Aparente) a Julianne Moore (A Cor de um Crime); de Emilio Estevez (Máquina Quase Mortífera) a Tommy Lee Jones (Regras do Jogo).

Em 1994, o Jules Winnfield do cultuado “Pulp Fiction� de Quentin Tarantino resultou em uma indicação ao Oscar de ator coadjuvante e em mais parcerias com o diretor. “Jackie Brown�, três anos mais tarde, daria a Jackson o Urso de Prata de melhor ator em Berlim. Tarantino não foi o único grande nome a dirigí-lo. Spielberg (Parque dos Dinossauros), George Lucas (Star Wars- Episódios I, II e III), Paul Thomas Anderson (Jogada de Risco) e Shyamalan (Corpo Fechado) tiveram Jackson sob sua batuta.

Conhecido por gostar e se divertir com o que faz, aceitou o papel em “Serpentes a Bordo�, de 2006, somente pelo título e foi o responsável por todo o burburinho em torno dele. Em 2004, brincou de super-herói com a dublagem de Gelado n’Os Incríveis�; e em “Jumper� foi para o outro lado, como o paladino que persegue o mocinho com ares de super-herói ao redor do mundo. Mais uma participação despretensiosa do incansável astro que, merecidamente, ganhou sua estrela na calçada da fama em 2000. E não duvide: é só o começo. Ainda veremos, muito, o rosto expressivo e os olhos marcantes de Samuel Leroy Jackson nas telas.