Kevin Smith = barba + gordura
+ camisa de hóquei +...
Kevin Patrick Smith, nascido aos 2 de agosto de 1970, é um ultra-super-über-nerd, do tipo que gosta de “A Ameaça Fantasma†e batizou a filha com o nome de Harley Quinn, personagem dos quadrinhos do Batman. Mas é um puta nerd sortudo.
Seu primeiro filme foi feito com US$ 27.575, 00, vindos da venda da sua coleção de HQs, mais empréstimos e cartões de crédito dos pais do amigo Scott Mosier, que se tornaria o produtor de todos os seus longas. Filmado à noite na própria loja em que Smith trabalhava, “O balconista†estreou no Festival de Sundance em 1994 e, ao ser lançado pelos irmãos Weinstein no final do ano, rendeu mais de US$ 3 milhões.
A fórmula de diálogos recheados de palavrões e referências pop foi repetida em “Barrados no shoppingâ€, consolidando a marca registrada do diretor. O filme ainda trouxe de volta os maconheiros Jay e Silent Bob (interpretado pelo próprio Smith), que se tornariam Ãcones dos anos 90.
Mas foi em 1997 que ele lançou o que é considerado seu trabalho mais maduro até hoje. “Procura-se Amy†foi baseado no seu relacionamento com a atriz Joey Lauren Adams, que interpreta a protagonista, e trazia os futuros astros (e amigos) Ben Affleck e Jason Lee no elenco. No mesmo ano, foi produtor executivo do sucesso “Gênio indomávelâ€, que rendeu o Oscar de roteiro a Affleck e
Matt Damon.
Vieram a polêmica de “Dogma†em 1999, que lhe rendeu mais de 10 mil
hate mails, a escatologia de “O império (do besteirol) contra-ataca†e o fracasso de “Menina dos olhosâ€, ancorado pelo romance-tablóide Bennifer. Em 2006, Smith reaprumou a carreira, encerrando o universo de Jay e Silent Bob (que ele batizou View Askew, mesmo nome de sua produtora) com “O balconista 2â€. E 2008 viu seu primeiro sucesso fora dessa saga, com
“Pagando bem, que mal tem?â€, com Seth Rogen e Elizabeth Banks – discÃpulos de
Judd Apatow, considerado o Kevin Smith dos anos 2000.
Fã de quadrinhos, ele criou uma série de histórias sobre os personagens do universo View Askew, completando os buracos de tempo entre seus filmes, recentemente compiladas no livro “Tales from the clerkâ€. Escreveu ainda arcos para o Homem-Aranha e o Demolidor na Marvel – esse último lhe rendeu o cargo de roteirista no criticado longa estrelado por Ben Affleck – e para o Besouro Verde, na DC. Fez também um tratamento do roteiro para o
filme do Super-homem, que foi descartado pelo então diretor do projeto
Tim Burton – motivo pelo qual Smith o odeia (publicamente) até hoje.
Incansável, o gordo barbudo e de camisa de hóquei ainda mantém dois sites (
viewaskew.com e
moviepoopshoot.com) e um
podcast, além de ser frenético no
MySpace e
Facebook, onde fala de seus projetos e eventualmente faz crÃticas (nerds) de filmes. Produz um esquete recorrente no
Tonight Show with Jay Leno e é dono de uma loja de quadrinhos na sua cidade-natal, Red Bank, New Jersey, cenário de quase todas as suas histórias.
Ah! E claro: após o sucesso d’O balconistaâ€, Smith comprou suas HQs de volta.
...óculos + cara de nerd simpático.