Busca

»»

Cadastro



»» enviar

Sacha Baron Cohen

por Filipe Isensee

receite essa matéria para um amigo


Brüno curtiria essa cara
No final de 2007, Sacha Baron Cohen decidiu não interpretar mais alguns personagens famosos de seu repertório. No cemitério anunciado de Cohen, foram enterrados o repórter Borat e o rapper Ali G. O motivo para a "morte" precoce foi a grande repercussão das figuras, que se tornaram conhecidas demais, praticamente impossibilitando a especialidade do ator: os chamados "falsos documentários".

O "gênero" pode esbarrar nas "pegadinhas" e "câmeras escondidas", imortalizadas em terras tupiquinis pelos populares (eufemismo extremo) João Kléber e Sérgio Malandro. Mas o lugar de Cohen no mundo cinematográfico definitivamente não é o dos eufemismos. Pelo contrário: é o do escracho.

O xará da filha da Xuxa é inglês, com sotaque e tudo, judeu devoto e o mais novo de três irmãos. Homem discreto, tímido, raramente se mostra ao público sem estar protegido por seus personagens. Quando criança, teve contato com Peter Sellers e o grupo Monthy Pyton, que afloraram seu gosto pelo cinema e pelo humor. Com a ajuda dos irmãos, chegou a entrar no cinema para ver “A Vida de Brian†escondido. Cursou História em Cambridge, onde começou a criar personagens com o intuito de frequentar festas sem pagar. Em Nova York, junto com amigos, fingia que era segurança e até mesmo traficante de drogas para entrar nos clubes.

Em seu primeiro emprego na televisão, apresentou um programa de cultura pop chamado Pump TV. Anos depois, o rapper Ali G lhe renderia indicações ao Emmy e o Bafta de melhor atuação em comédia. O “pulo do gatoâ€, contudo, veio mesmo no imenso título de “Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à Américaâ€.

O filme foi um acontecimento no humor cinematográfico e ecoa até hoje. Com o “olhar estrangeiro†de Borat, o longa fez uma dura crítica ao comportamento norte-americano. Cohen ganhou o prêmio de melhor ator do sindicato de Los Angeles e repetiu a dose no Globo de Ouro, emplacando ainda uma indicação ao Oscar de roteiro adaptado.

Fora do circuito "Borat", o ator emprestou sua voz aos dois filmes do - bonitinho mas ordinário - "Madagascar" e fez uma ótima participação como o colega barbeiro de Johnny Deep em "Sweeney Todd". Em 2009, voltou ao estilo que o consagrou em “Brünoâ€, o gay austríaco fashion que dividiu a crítica entre repulsa e admiração e colocou Cohen, novamente, no centro das atenções da mídia com um trabalho de publicidade dos mais ousados. Resta saber se haverá fôlego e criatividade para manter o ritmo, o dinheiro e a atenção do público, ou se Cohen se enforcará na própria graça. Mas o que importa? Esse cara é mesmo um gozador.

E essas costeletas
Filmografia:

» leia/escreva comentários (0)