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Erika Machado ao vivo - Vinnil Cultura Bar, BH, 24/03/06

Caras e cores

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por Braulio Lorentz e Rodrigo Ortega


Erika e o vestido verde

A cantora mineira Erika Machado tocou três vezes seguidas no Vinnil Cultura Bar, em Belo Horizonte. Ela trouxe cores novas ao ambiente nos dias três, dez e 24 de março, sendo que comparecemos à última apresentação. Como o Vinnil é um misto de bar e casa de show, uma parte dos presentes colocava na cara uma expressão do tipo “o que esta menina doida está fazendo ali?â€. Porém, essas perguntas faciais tornariam a apresentação ainda mais divertida.

“Agora vou tocar ‘Felicidade’, uma música que inventei sozinhaâ€, anuncia Erika, tentando conter os pulinhos de satisfação. E a gente também teve que conter nossos pulinhos, mas não seguramos os sorrisos. A moça vai aos poucos apresentando várias invenções. De repente, ela rima jet-ski com xixi, e canta a melhor música sobre vovós desde “Vovó Ondina é Gente Finaâ€, do Paralamas. “Essa música foi a primeira que eu inventei. Eu tinha 15 anosâ€, explicara a cantora.


Erika e as bolinhas rosas

Sua música mais conhecida é “Secador, maçã e lenteâ€, composta por Erika e Juliana Mafra, que também são parceiras no projeto de artes plásticas Fabriquinha. Conhecíamos a Fabriquinha, mas nunca havíamos associado o projeto feito pras galerias com as canções feitas pros palcos. Ao sabermos que a dupla da Fabriquinha é a mesma que compôs a canção “Secador, Maçã e Lente†tudo fez mais sentido. No bom sentido.


Erika e a escaleta verde-musgo

O acompanhamento de guitarra-baixo-bateria para Érika e seu violão é competente. Em algumas músicas, o computador no fundo do palco toca bases fofinhas, com pinta de ter uma mãozinha de John Ulhoa, guitarrista do Pato Fu e produtor do novo CD da cantora. O disco já tem nome, No Cimento, e previsão de lançamento. Ele poderá ser comprado no segundo semestre de 2006. Além do computador, outro acompanhamento especial é uma escaleta verde-musgo. O instrumento mistura flauta e teclado. Erika usa a escaleta para elevar ainda mais o nível de fofura no Vinnil.

Antes de começar o bis, espera educadamente as pessoas sem-educação de uma mesa ao fundo terminarem de cantar “Parabéns pra vocêâ€, que, no caso, não era para ela. Apesar de pedidos insistentes, Erika saiu do palco meio sem graça por não poder repetir “Secador, maçã e lente†(“Toca aquela do cabeeelo!â€, gritou um fã mais afoito). Ao menos ela pôde repetir aquela que, na primeira orelhada, nos pareceu ser a melhor do novo repertório. A faixa-título, “No Cimentoâ€, estava contida no bis. A repetição fez com que os versos ecoassem um tanto de outras vezes em nossas cabeças.

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