Busca

»»

Cadastro



»» enviar

Uma babá quase perfeita (porém gripada)

receite essa matéria para um amigo

“Berço Pop Rock Brasil†- Pitty, Reação em Cadeia e Ramirez
Chevrolet Hall, Belo Horizonte, 21/04/06

por Braulio Lorentz
(textos e fotos)

Mesmo nitidamente gripada, Pitty foi uma excelente babá para as outras duas atrações do Berço Pop Rock: os cariocas do Ramirez e os gaúchos do Reação em Cadeia. A atuação da roqueira baiana foi bastante simpática. Na primeira edição já havíamos comentado sobre a camaradagem do CPM 22, que também foi uma boa babá na estréia do Berço. Badauí chamou o vocalista e guitarrista do Hateen, Koala, para cantarem juntos “Um minuto para o fim do mundoâ€.

Pitty gosta de Ramones... e cantou de novo “I wanna be sedatedâ€.

Pitty foi além: elogiou o projeto por apresentar bandas novas e reapresentou os dois bebês, se é que se pode dizer assim, para as pessoas que não tinham chegado a tempo de vê-los e ouvi-los. A mesma música tocada pela banda dos sonhos da audiência da MTV, no Vídeo Music Brasil 2005, foi tocada pelo combinado Pitty-Reação-Ramirez. Pitty chamou o pessoal de volta ao palco para tocar, segundo palavras da própria, "a única coisa que a gente consegue tocar sem combinar": "I wanna be sedated", do Ramones.

Pouco antes da jam, a cantora já havia entregado os pontos sobre o que parecia ser um baita resfriado. "Ainda bem que eu não tive nenhum ataque de tosse. Tô até light hoje...", disse Pitty, pouco antes de cantar “Máscaraâ€, a canção que mais fez a garotada pular.

Na platéia, muitos fãs seguravam cartazes com mensagens como "Pitty, você é a voz de uma nação" e derivações do mesmo mote. O cartaz mais inusitado era o com os dizeres "Peu Forever". Era uma homenagem ao guitarrista Peu, que tocava com Pitty. Peu se fez presente apenas através das músicas que ele compôs em parceria com a moça, antes de deixar a banda. Entre elas os destaques do show foram "Equalize" (quando Pitty cantou sentada no palco) e "Teto de Vidro", do disco de estréia, e "Déjà Vu", do segundo CD, Anacrônico.


Ramirez: cinco shows em BH, em cinco lugares diferentes, em menos de dois anos

Ramirez gosta de Weezer... mas tocou também American Hi-Fi.

As novidades do Ramirez estavam mais no visual do que na parte do setlist do show, com músicas do CD de estréia e a cover de “Hash Pipeâ€, do Weezer. O guitarrista Rafael Cosme estava de barba e sem óculos e o vocalista Thiago Pedalino estava engravatado. A gravata estava meio torta, é verdade.

Em cada novo concerto por aqui o Ramirez ganha mais ramiretes que gritam bastante e usam camisetas da banda. Bem diferente do quarteto carioca, que tocou pela quinta vez em BH, o Reação em Cadeia fez seu primeiro show na capital mineira. Talvez por esse motivo, eram poucos os que compareceram trajando casacos de flanela xadrez. E olha que era um frio começo de noite dominical.


Jonathan: uma mão aqui, outra ali

Reação em Cadeia gosta de Pearl Jam... mas tocou Oasis.

No meio da apresentação eles tocaram um trecho de "(Whats the story) Morning glory", do Oasis. Como o Pílula Pop já conversou com o vocalista e guitarrista Jonathan Corrêa, já sabíamos o que esperar do show. O vocal, os riffs e os trejeitos são herdados do grunge, mas a única referência explícita feita pela banda veio do britpop. Isso eu não esperava.

O Reação Em Cadeia abriu com "O Jantar". "Essa é a música mais pesada da história da banda", disse Jonathan na já citada entrevista. Outra faixa do Reação que fez muita gente balançar o cabelo foi "Os dias", que rola na programação da 98FM, rádio que promoveu o evento.

Quando voltou para a jam, Jonathan deu um berro: "Bheeaaaagahh". Essa é a interjeição que escolho para resumir a empolgação e o esforço das bandas na tentativa de entreter a moçadinha. O berro me fez rir, mas também deixou uma impressão de “Nossa, como esse cara é legal e quer agradarâ€. E parece que agradou: a meninada pareceu bem satisfeita, mesmo sabendo que tinha aula no dia seguinte.

» leia/escreva comentários (19)