Gerard Way se movimenta muito pelo palco, mas tem altos e baixos em seu vocal. Não que ele não saiba disso. "Estou cantando como um mariquinha. Ou estou gritando alto o bastante?", perguntou, com aquele tom de brincadeira que tem uma certa paranóia por trás. Ao falar sobre o Rio, soltou mais uma frasesinha, errr, comprometedora: "Vocês têm um paÃs muito lindo, quente e com... hm... homens de sunga". A afetação na música já estava de bom tamanho.
Mesmo oscilando entre o morno e o quase quente, a banda ainda teve que parar de tocar logo no começo da apresentação, por causa de um tumulto e empurra-empurra de seus seguidores. Foi aà que entendi a força do refrão da boa "I'm Not Okay" (constituÃdo basicamente de repetições do berro "I'm noooooot oookaaaaaaaaaaayyy"). Ao meu lado, uma franjuda fã do grupo se descabelava, caÃa em prantos, tentava balbuciar umas palavras acompanhando Way, mas sem muito fôlego. Ela realmente não estava okay.