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Lançamento do disco “1200 diasâ€

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A banda mineira Terral gastou exatos 1200 dias entre pré-produção, produção e finalização de seu novo disco. O Pílula Pop não ficou tanto tempo assim em contato com as novas canções do segundo álbum da carreira dos rapazes. Mas nossa overdose de Terral nem por isso deixa de ter números expressivos. Afinal, a dose equivale a “conferir de perto três shows do quinteto num intervalo inferior a duas semanasâ€.

Primeira dose

por Braulio Lorentz

Fotos: Marina Ito e Mariana Marques


Braços abertos do Mateus

A primeira apresentação aconteceu no dia 30 de agosto, no Lapa Multishow, em Belo Horizonte. O lançamento oficial do disco reuniu imprensa, vips em geral e a maior concentração por metro quadrado de sites com nomes como “bhfesta.net†ou “nightminas.comâ€.

Fomos apresentados ao vídeo com elogios do produtor Carlos Eduardo Miranda e de Samuel Rosa e à música de trabalho do Terral, “Nem o sol vai saberâ€. A candidata a hit parece ter sido feita para tocar em rádio. A letra é fácil de decorar e o refrão gruda na orelha e não sai nem com talco.


Otto canta e, principalmente, anda de um lado pro outro

Menos açucarada e mais inusitada é a música “Comprei não seiâ€. Não é sempre que nos deparamos com um hino às compras parceladas que tem versos como “Comprei uma poltrona com prestações até o natalâ€. “Olhos de Tubarão†completa a trinca de canções que ficaram na cabeça.

Os movimentos do vocalista Mateus com os braços abertos e a pouca idade do guitarrista foram outras primeiras impressões, acompanhadas das participações de Podé, do Tianastácia e do inquieto Otto. O momento inesquecível de bastidor foi o seguinte diálogo:

- Olha, parece que é open bar...

- Ah é? Acho que estou até gostando mais de Terral.


“Aqui, a prova de Estudos Sociais de ontem tava foda né!“

Preferíamos um iPod Shuffle com as músicas do Terral, mas Fanta Mix refil sempre é uma boa pedida. Brincadeira, claro. O Pílula Pop informa: “Somos contra jabás materializados em pequenos aparelhos eletrônicos importados ou em doses de bebida gaseificada de laranja e tangerinaâ€.

Segunda dose

por Braulio Lorentz

Ainda com a ressaca de Fanta Mix, partimos para mais uma noite de Terral. O show, realizado no dia primeiro de setembro, no Pop Rock Café, em BH, contou com a abertura da banda carioca Ramirez. Era um aquecimento para o Festival Pop Rock Brasil 2005. Bem recebidos pelo público, a moçada “pirou†ao som de “Ela Pirouâ€. Provavelmente não é a primeira vez que fazem esse trocadilho em um texto. Fiquei sabendo, naquela noite, que essa talvez seja a canção mais popular do repertório do Terral.

Terceira dose

por Braulio Lorentz

Fotos: Braulio Lorentz

Para fechar a conta, a banda fez uma pequena apresentação no dia três de setembro. O Terral subiu no palco Na Lata e deu a largada para o começo do Pop Rock Brasil. “Vamos chegar galera, o show é no palco de cáâ€, gritou Mateus, na tentativa de avisar os desavisados que olhavam para o palco principal a procura da banda.


Mateus abre os braços para o Mineirão

Quem virou os olhos para o mini palco conferiu a urgência dos versos da canção “Primeiros Passosâ€. Conferiu também os mesmos braços abertos do vocalista e a mesma pouca idade do guitarrista. “Nem o sol vai saber†bateu ponto e assim foi a última dose dos nossos doze dias com o Terral. Pensei que nunca mais veria os moços, mas topei com Mateus no show do Moby. Quase pedi para ele abrir os braços e cantar “Tarde vira noite/ Sonhos vêm e vão/ A trama ou palpite/ Manha ilusãoâ€.

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