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Abril pro metal – Sábado, 22/04/2006

por Marcela Gonzáles

Fotos: Divulgação

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O sábado do Abril Pro Rock é conhecido há muitos anos como a noite do “metalâ€, dos “black shirts†ou apenas “sábado pesadoâ€. Procurar alguém que não use preto é um bom desafio ou passatempo.

De figuras estranhíssimas a alternativos que gostam de uns gritinhos a mais, a noite teve muitas bandas desconhecidas do grande público, mas que gritam e fazem tanto barulho quanto as mais bombantes. Faltaram grupos mais presentes no mainstream metal, como Massacration e Sepultura, mas esta última é figurinha fácil em quase todas as edições do festival, e a primeira foi uma das grandes atrações do ano passado.

A banda Lou abriu a noite ao Palco 2. Apenas o baterista era do sexo masculino. Todas as outras integrantes formavam o mais puro “angry girl music from the indie rock persuasionâ€. Quem já assistiu ao filme “Dez Coisas Que Eu Odeio Em Você†sabe do que eu estou falando. As meninas da Lou pediram para que a platéia começasse uma roda e foi incrível ver como o público se empolgou. Os paulistas da Forgotten Boys já estavam entrando no palco, mas ninguém quis saber, todo mundo foi se esbaldar na roda punk. As meninas se identificaram; os meninos desejavam as pernas com meias de cinta-liga e os braços que fabricavam riffs poderosos.

Primeira banda da noite a subir no palco principal, o Forgotten Boys fez um show muito bacana, abrindo com a música homônima ao novo disco, “Stand By The D.A.N.C.Eâ€. Foi o suficiente pra galera se empolgar e fazer mais rodas punks. O momento alto ficou por conta do hit “Just Doneâ€. Revezando os vocais com o Gustavo Riviera, Chuck Hipolitho (o marido da Sinhá Moça Débora Falabela) tocava com chinfra e atitude, fazendo as menininhas suspirarem.


Da esq.: Chuck e Gustavo enlouquecem as menininhas

Os próximos a subirem ao palco 2 foram os pernambucanos da Medulla, dos gêmeos Keops e Raoni, que por alguma razão me lembraram muito as K-Sis, do Disk MTV, e o quanto o programa ficou chatinho depois que elas assumiram. Não necessariamente por esta associação, os gêmeos também não agradaram muito a quem não gostava de tanta gritaria assim.

A expectativa geral ficou com o Cólera, afinal, não é todo dia que se vê uma banda pesada que já sobrevive há 25 anos aqui no Brasil. Os caras fazem barulho mesmo, levaram todo mundo pra frente do palco principal, mesmo quem estava vidrado nos videogames do stand da Petrobrás. Show empolgante mesmo pra quem já estava cansando de tanto barulho.

Revelada no finado festival PE no Rock, a Terra Prima foi outra banda que levou todo mundo a cantar e pular com sua música. Uma vantagem para a banda foi o fato de que eles são influenciados diretamente pela grande atração da noite, os paulistas do Angra. Os alemães da Atrocity e Leave’s Eyes também fizeram bastante barulho e colocaram os TIB (teenagers in black) para balançar muito os cabelos e gritar tanto quanto as bandas. O black metal da banda bahiana Ungodly, da turma fiel ao “verdadeiro metalâ€, esquentou as turbinas para o que todos esperavam, se os ouvidos ainda tivessem condições: Angra. Os paulistas subiram ao palco principal pra fechar a noite pesada do Abril Pro Rock 2006. Não tinham o Andre Matos, mas tinham o Eduardo Falaschi para gritar tanto quanto e tocar os hits da banda com sangue, suor e lágrimas. E fazer todo mundo voltar para casa um pouco mais surdo.

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