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Aquele com o pegadindie

Como ser (How to be, dir. Oliver Irving, Reino Unido, 2008)

por Mariana Marques

Fotos: divulgação

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Todo ano tem o filme-pegadinha na mostra. Depois de alguns anos caindo em algumas, a gente aprende a farejar melhor e sacar o que parece legal, mas que é a maior furada. Eu já sentia o cheiro podre no ar ao ler a sinopse de "Como ser". Art (Robert Pattison) tem 25 anos e está em crise por aqueles motivos clichês: levou um pé na bunda, voltou a morar com os pais e é frustrado profissionalmente porque queria mesmo é ser músico. Até aí você diz "ok, vou tentar me agarrar a um dos motivos e me identificar". Mas o problema é que Art resolve pagar um guru de auto-ajuda para poder enfrentar todos os problemas. Resultado? São 90 minutos ensinando como ser retardado – e esse meu trocadilho é melhor que qualquer piadinha do filme, garanto eu! Não dá para se identificar com Art e quando sua mãe (Roberta Pidgeon) afirma que "sente vergonha de ter parido uma criatura tão patética assim" a gente não pode discordar. Quem gasta 5 mil libras para pedir ajuda a um escritor de um livro chamado "Não é sua culpa"? Uma criatura patética, não é mesmo?

Para se ter idéia da gravidade, eu me diverti mais em qualquer American Pie. Não me perguntem porque fui entrar na sala mesmo tendo sentido o odor desagradável antes. O filme pegadindie do ano me tirou uma hora e meia da vida que não volta mais. Vai ver eu sou patética também. Art, toca aí!

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