Dance music anos 00
04.11.06
por Alfredo Brant
|
The Rapture - Pieces of the People We Love
(Universal, 2006)
Top 3: “Get Myself Intoâ€, “Whoo Alright Yeah Uh-Huh†e “The Devilâ€.
Princípio Ativo: Escapismo
|
|
receite essa matéria para um amigo
Em pistas de dança e em shows espalhados pelo globo, quando o baixo suntuoso indica que a implacável “House of the Jealous Lovers†está prestes a ser executada, o mundo quase vem a baixo. A bomba electro-punk lançada em 2002 pelos nova-iorquinos do The Rapture continua devastadora nesses dias de 2006. Essa foi a impressão deixada quando a banda passou por Paris no dia 26 de setembro para a turnê de lançamento de Pieces of the People We Love.
Produzido por Paul Epworth et Ewan Pearson (dez faixas), o disco tem ainda duas músicas produzidas pelo descolado Danger Mouse. A banda, que foi uma das precursoras da onda “rock para dançarâ€, voltou bem diferente da estréia – Echoes, de 2003. De fato, o Rapture parece estar mais a vontade com suas referências. Pieces of the People We Love é mais homogêneo que o anterior, ainda que as intenções sejam as mesmas.
“Um disco para mexer o corpo, se entregar, se esquecer, se agarrar ou ainda se excitarâ€, definiu o vocalista e guitarrista Luke Jenner. Mais que isso. Um disco cheio de frescor e energia, convite inconsciente para dançar e se divertir. Elogio ao escapismo como estilo de vida.
Citar as influências dos anos 80 ou limitar a banda com o rótulo de punk-funk-dance era algo a ser feito na resenha do primeiro disco. Com este segundo, meu dever é chamar a atenção para músicas exatas como o primeiro single “Get Myself Intoâ€, brilhantemente definida pela Radio 1 da BBC inglesa como “the summer in a song†(algo como “o verão em uma cançãoâ€). Contagiante como uma “House of Jealous Loversâ€, mas sem a brutalidade da mesma, a canção é uma pérola pop que traz a dance music para nossos dias, sem soar anacrônica.
Esse é o The Rapture versão 2006. Entre rock psicodélico, vide “Calling Meâ€, passado pelo electro sexy de “Frist Gearâ€, até algo dançante e indefinÃvel como “Whoo Alright Yeah Uh-Huhâ€, a banda junta todos os pedaços para fazer algo que amamos: musica pop e excitante.
Mesmo no aperto, o Rapture sabe se virar
» leia/escreva comentários (5)
|