Escuta aqui (lá e em todo lugar)
13.08.07
por Braulio Lorentz
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Rihanna – Good Girl Gone Bad
(EMI, 2007)
Top 3: “Umbrellaâ€, “Push Up On Me†e "Shut Up and Drive".
Princípio Ativo: Fôlego
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PLAY: Rihanna nunca foi tão falada. E se ser pop é ser falado, Rihanna nunca foi tão pop. O mega-hit “Umbrella†tem fôlego de maratonista. Coleciona semanas – já são 16 – no topo da Hot 100 da Billboard norte-americana e já emendou dez semanas liderando a versão britânica da mesma parada, recorde da década. Ninguém continua sendo o mesmo ao ouvir os seis “ella ella, ê ê ês†e três “ella ella, ê ê ê ê ê ês†dos três refrões da canção. O guarda-chuva da moça ficou entalado no ouvido de meio mundo.
EJECT: Ganhou até desafio na coluna “Escuta Aquiâ€, escrita por Ãlvaro Pereira Junior na Folha, em 30 de julho: “EJECT: ‘UMBRELLA’, RIHANNA. Escreva para esta coluna explicando por que essa música é boa. Publicarei a melhor resposta.â€
REPEAT: Não vem não, “Umbrella†é muito boa. Tão boa que o mesmo jornalista que hoje colocou no “CD Player†faixas do Indie Dance Australiano dedicou linhas em três colunas seguidas ao hit de Rihanna. “Umbrella†é daquelas que corre por fora, e chega bem antes. Quatro dos nomes mais importantes do pop – Timbaland, Evan Rogers, Jay-Z e Justin – dão suas aparadinhas em Good Girl Gone Bad. O quarteto não costuma assinar a mesma obra. Rihanna é uma exceção não só por isso. Ok, ela aparece toda prateada no clipê ê ê. Ela faz papel de boba quando é preciso, tal qual a engraxada Shakira ou a empoeirada Beyoncé. Rihanna perde a noção, mas a diferença também tem cor de prata. É o CD. “Umbrella†abre o disco jogando as expectativas lá pro teto, e mesmo assim a peteca não chega nem perto do chão. Não há tantas baladas como as que truncavam o disco anterior. As músicas do terceiro trabalho da (por enquanto) segunda garota mais importante na vida de Jay-Z se encaixam. Umas até se emendam. A seqüência inicial (“Umbrellaâ€, “Push Up On Me†e “Don’t Stop The Musicâ€) é matadora. Embala qualquer festa sem ter que...
VOLUME: ...mudar de CD. O jeito é aumentar o volume. Os indies velhos vão chiar por causa das batidas da formidável "Shut Up and Drive", surrupiadas de "Blue Monday", do New Order. Os indies novos vão achar ridÃcula a inclusão de uma faixa que se chama “Rehabâ€, e não chega à s canelas da de Amy Winehouse. Rihanna é bem mais eficiente quando sai da reabilitação (no caso dela, a “Rehab†nada mais é do que uma metáfora pra “doença†do amor). “Hate that I Love Youâ€, ao lado de Ne-Yo, e a faixa que dá nome ao disco não combinam com a correria do restante do disco. Porém, nada que comprometa a festança.
STOP: “Umbrellaâ€, essa sim, é incansável. O carro-chefe puxa o bloco e as outras vão no vácuo. É o refrão mais resistente da estação. Resta saber quando nos cansaremos dele.
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