O.C. - Estranho é não aceitar seu ninho
21.06.09
por TaÃs Oliveira
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De repente, Califórnia
(Shelter, EUA, 2007)
Dir.: Jonah Markowitz.
Elenco: Trevor Wrigth, Brad Rowe, Tina Holmes, Katie Walder, Ross Thomas, Jackson Wurth
Princípio Ativo: descoberta
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A rotina de Zach (Trevor Wright) se divide entre o trabalho numa lanchonete, a arte de rua, cuidar do sobrinho Cody (Jackson Wurth) e andar de skate. Ele desistiu do sonho de estudar arte para se dedicar à famÃlia e, para completar a frustração, vem tendo problemas com a namorada. Quando Shaun (Brad Rowe), o irmão de seu melhor amigo Gabe (Ross Thomas), volta à cidade, uma amizade surge nos encontros para surfar, Zach descobre o amor e também a possibilidade de uma vida melhor.
“De repente, Califórniaâ€, dirigido pelo estreante Jonah Markowitz, não traz nada de novo no que diz respeito ao enredo: é um romance como todos os outros, só que com um casal de homens e com o elenco feminino bem menos privilegiado que o masculino (provavelmente fato inédito no cinema). Há a rotina infeliz, o encontro inesperado, o desenvolvimento da amizade e a descoberta do amor, a impossibilidade deste amor e a necessidade do amadurecimento para superar as barreiras. As cenas clichês também estão lá: as brincadeiras na praia, os risos precedidos do primeiro beijo...
Enquanto o maior dilema de Zach é o conflito entre a aceitação da recente descoberta do amor homossexual e suas responsabilidades para com a famÃlia, a guarda de uma criança de 5 anos ou mesmo a compreensão do Gabe são fatos resolvidos mais rapidamente do que se espera. Mas o exagero da ficção tem propósito. O que, a princÃpio, pode parecer um jeito romântico e muito “fácil†de tratar coisas difÃceis, é a maneira do filme mostrar que essas questões não são tão complicadas quanto nós (e Zach) imaginamos – são claros (até demais) os sinais de que Zach será um melhor pai para Cody que a mãe irresponsável. E a orientação sexual não é deveria ser um critério nessa decisão.
Mesmo com todo o drama, “De repente, Califórnia†é um filme “leveâ€, com trilha sonora agradável e a ótima escolha da ensolarada Califórnia como cenário – apesar do repetitivo plano com a grua subindo em todo final de cena se tornar rapidamente irritante. O casal Zack e Shaun tem ótima quÃmica, com a ajuda do bom trabalho de Brad Rowe. E para quem gosta, fica a lição de que pensar em si mesmo é necessário e faz bem - e não é sinônimo de egoÃsmo.
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O PÃlula defende valores tradicionais, tipo: famÃlia.
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