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Pequenas sutilezas cotidianas temperadas com uma dose de canela. Ou fragmentos da vida acompanhados de exagero crônico. |
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Lá sou amiga do rei
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Lugar nenhum pára por você não estar. O mundo está acontecendo a toda hora, seu pai é de repente cinqüentão e você ainda precisa aprender a não misturar licor com destilado.
Deu uma sumida não para voltar tão cedo, foi porque precisava ficar longe. É preciso dessas temporadas para o lar refazer sentido, a pátria ficar amada e gentil. Encontrar rostos velhos e lembrar o exato porquê de gostar mais de uns, nem tanto de outros. Dá para melhorar tanta paranóia com a ausência.
Os amores são seus, mesmo com frio lá fora. Alguma coisa deve ficar guardada na caixa de cartas, entre moedas de nome esquisito, as fotos por revelar, as memórias que não podem pertencer a mais ninguém. Lembrar lÃnguas que você nunca aprendeu deixa um buraco engraçado, do quanto há por descobrir sem perguntar aonde vai a estrada. O efeito é pouco quando o próximo encontro não tem data marcada.
-- Nara Mourão adora um sorriso largo, mas garante que o dela não passa de 32 dentes. narachamou@yahoo.com.br
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