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A quem a letra não urge? Considerando essa necessidade da escrita inerente a muitos, cá estão algumas letras que buscam cores como tratamento para dores diversas. |
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Ela
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Ele lhe queria fazer uma história. Inscrevê-la em algum lugar para que ela ganhasse vida.
A garrafa de rum não conta a história. Vazia, conheceu a impassividade de seus olhos, a sombra de cor azul e o batom bonina. Não adianta pedir mais uma, ela não vai sorrir para você. Nem lhe fornecer um trocado a mais ou uma dose. Ela vai servir com a sobriedade de sempre. Um dia você precisa desistir de esperar. Fechado o bar, escorado em sua moto: ela não não vai sair dali. Pode ir para casa moço, vá dormir.
De olhos cansados, ela limpava a última mesa. Encontrou um guardanapo com telefone debaixo do copo de rum. Guardou na gaveta, junto com os outros. Mais uma série de números para jogar na loteria, após fazer a feira.
-- Camilla Felicori gosta muito de cores. camilla.felicori@gmail.com
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