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A quem a letra não urge? Considerando essa necessidade da escrita inerente a muitos, cá estão algumas letras que buscam cores como tratamento para dores diversas. |
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Poetagem
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Ele sempre se despede assim,
então tá, a gente se fala, a gente se esbarra pelas ruas, metrôs ou bares. A gente se vê por aÃ. Esse era o jeito que ele achava para mudar de assunto justo quando surgia uma vontade boa de dormir.
De dia ele senta-se à beira do rio, rabisca poesia ao sol para depois, ao atravessar a ponte, cruzar com ela. Eu gosto muito de você, ele vai dizer. É mentira, ela sabe, finge que acredita, assim como finge que o ama. Ele vai sorrir sem vontade, trocar palavras e dizer que sim, gracinha, com certeza eu quero te ver, mas agora não, de noite. De dia eu só sirvo para escrever poemas.
-- Camilla Felicori gosta muito de cores. camilla.felicori@gmail.com
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