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Pequenas sutilezas cotidianas temperadas com uma dose de canela. Ou fragmentos da vida acompanhados de exagero crônico. |
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Anti qualquer coisa
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Serei pouquÃssimo simpática dessa vez, me perdoa. Menos grossa do que curta, trata-se da milésima descoberta do dia. Andando pela rua fui atropelada por um grupo de pré-adolescentes fazendo bola de chicletes e, não fosse a goma de mascar, seria facilmente confundida com um deles. Histórico: procurei uma endocrinologista certa vez e ela foi enfática ao proclamar meu 1m58 de altura. Achei esses 158 cm medÃocres demais e dizia 162 a quem perguntasse. Acontece que minha irmã de dez anos já beija minhas bochechas sem ficar na ponta dos pés. A farsa morre agora!
Minha aldeia continua fria, feia e esburacada. Nunca, jamé, trocaria o Tejo por um rio daqui. Além do mais, pessoas fumam no elevador do prédio. O Quintana tenta me convencer que essa situação não é tão ruim. “Desconfia dos que não fumam: esses não têm vida interior, não têm sentimentos. O cigarro é uma maneira disfarçada de suspirar".
Fazer pouco tem sido bom para colocar a leitura em dia. Sabia que o Che morreu aos 39? Glauber Rocha aos 42? Castro Alves com apenas 24? Se você ainda estiver com vontade de partir na casa dos quarenta, acelere os planos de viagem e acredite no seu engenho.
Não me julgue hipocondrÃaca, mas estava mesmo doente. Meu estômago se transformou em laboratório farmacêutico: anti-histamÃnico, antibiótico, anti um monte de coisas. Depois do terceiro dia de cama a graça foi perdida. Tem sido um movimento cÃclico, o pós-carnaval vem acompanhado de duas caixas de lenço de papel. Vou comprar umas vitaminas preventivas, para o preço do excesso de alegria não ser tão alto sempre.
Encerro aqui, para em breve estar aÃ. Ao som da música cantarolada pela minha irmã, que ela garante ser do Titãs: “Homem de lata (?), capitalismo selvagemâ€.
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Nara Mourão adora um sorriso largo, mas garante que o dela não passa de 32 dentes.
narachamou@yahoo.com.br
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