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A quem a letra não urge? Considerando essa necessidade da escrita inerente a muitos, cá estão algumas letras que buscam cores como tratamento para dores diversas. |
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A cor do dia
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- A cor do dia é cinza.
Foi o que disse a professorinha de artes visuais.
- Esse vai ser o trabalho final da disciplina, quero que expressem o sentimento de hoje, seja ele qual for, na cor cinza.
Era o dia mais alegre de Márcia. Há tempos que ela não se sentia assim, dias em que tudo tem uma cor diferente, mais viva, mais brilhante.
...
É mentira. O autor gosta de fazer isso, colocar o personagem resolvendo coisas que a ele lhe parecem inatingÃveis, como esse olhar brilhante para o mundo. O autor hoje vê tudo cinza e por isso busca enxergar no cinza outros sentimentos que não a ausência de cores,
mas o autor é teimoso e acha que Márcia é uma personagem interessante, dessas que dá muito valor aos dias nos quais ela tem esse olhar fotográfico para o mundo e sabe aproveitá-lo,
sim, Márcia é daquelas que quando enxerga no mundo cores fortes pega logo sua câmera e sai a bater fotos, acerca do mundo, quaisquer cores que nele estejam, belas fotos as de Márcia.
O autor busca no cinza o alÃvio para sua dor, dor que não sai do peito porque ele não sabe pegar a câmera quando a luz está boa para fotos. Ao contrário, ele olha para a luz e sai correndo para o lado oposto, poucas vezes faz boas fotos contra a luz;
ele ainda não sabe conciliar, luz, cores e oportunidades e por isso se mostra um péssimo fotógrafo.
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Camilla Felicori gosta muito de cores.
camilla.felicori@gmail.com
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