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New Order

por Braulio Lorentz

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Acho que a paisagem era bonita...
O New Order, criado na cidade inglesa de Machester, é uma das maiores provas de que, mesmo após perder uma peça importante da engrenagem, é possível continuar com o motor em funcionamento. Muita gente conhece a história, mas para os desavisados que se empolgaram com a notícia da segunda vinda dos tios ao Brasil, em novembro, não custa repetir: a banda é formada com o que sobrou do Joy Division, grupo de post-punk com curta duração e longo séqüito de fãs.

O vocalista Ian Curtis tinha 23 anos quando se enforcou em 18 de maio de 1980, dias antes do início da primeira turnê norte-americana de seu Joy Division. Sem Ian – mas com muita vontade de colocar rock e música eletrônica pra dançarem juntas – a banda trocou de nome e iniciou atividades no mesmo ano da trágica morte. O primeiro álbum, Movement, caiu nas mãos do público um ano depois.

O guitarrista e vocalista Bernard Sumner, o baixista Peter Hook e o baterista Stephen Morris, egressos da banda do finado Curtis, ganharam o reforço da tecladista e guitarrista Gillian Gilbert e invadiram os palcos. Ao mesmo tempo, as músicas do New Order começaram uma invasão das pistas de dança. “Blue Mondayâ€, “Bizarre Love Triangleâ€, “The Perfect Kissâ€, só pra citar algumas, funcionam muito bem até hoje.

Eles nunca saíram das festas (descoladas ou não), mas por um tempo a banda saiu de cena. Foi logo após o lançamento do disco Republic, de 93. Depois de um show no inglês Reading Festival, no mesmo ano, os integrantes do New Order desceram do palco dando a entender que não mais tocariam ao vivo juntos. A hibernação durou cinco anos. Três anos depois, Gillian pediu as contas ao alegar problemas familiares. Tudo já estava em família, já que muito provavelmente a saída da banda foi para que ela se dedicasse mais ao filho que teve com Morris.

No mesmo período, o New Order lançou Get Ready, e o guitarrista Phil Cunningham fez a banda virar de novo um quarteto. O disco Waiting for the Sirens’ Call, lançado em 2005, comprova que os caras continuam com a vida criativa em ordem.

A euforia com a confirmação das apresentações em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro atesta que o New Order ainda é sinônimo de música para dançar e se divertir. A diversão é garantida pelas faixas reunidas na coletânea dupla Substance, de 88, e em outra mais recente compilação. Singles, de 2006, também é um álbum duplo e tem o acréscimo de faixas dos anos 90 e 00.

Morris, Sumner e Hook: certamente eles já te fizeram dançar...
Discografia
  • Singles (2006)
  • Waiting for the Sirens’ Call (2005)
  • Get Ready (2001)
  • Republic (1993)
  • Technique (1989)
  • Substance (1988)
  • Brotherhood (1986)
  • Low-Life (1985)
  • Power, Corruption & Lies (1983)
  • Movement (1981)

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