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Cinema, Política e Gastrite

Hasta la victoria (casi) sempre!

por Daniel Oliveira

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Se você saiu da sessão de “Zuzu Angel†puto e revoltado com a vida, eu tenho algumas informações de seu interesse. Depois da morte, Zuzu virou um símbolo da luta contra a ditadura. As filhas abriram o Instituto Zuzu Angel, que até hoje trabalha com comunidades carentes, apóia jovens e tem convênios com Escolas de Samba no Rio – dentre muitas outras iniciativas. O nome dela apadrinhou ruas em cidades de Minas Gerais e até um túnel no Rio de Janeiro. Há ainda o Prêmio Zuzu Angel, para novos talentos da moda - e o prêmio Stuart Angel, concedido pela UNE.

Ainda assim, é duro de engolir as injustiças que ela sofreu. Seja o julgamento encenado, seja a cena em que Zuzu descobre e encara a morte de Stuart – em que ela, literalmente, se despe dela mesma, em um show à parte de Patrícia Pillar – ou quando o Brigadeiro diz que a estilista está “usando o filho para promover seu negócioâ€. É muita injustiça. E muito revoltante.

Eu não lido bem com cenas assim, ainda mais quando são baseadas em fatos reais. Elas alimentam minha gastrite nervosa. Foi essa mesma gastrite que lembrou alguns outros filmes que também me renderam boas contorções de revolta. Digam o que quiser: eu me envolvo demais com os filmes. Se você também é assim - e não resiste a um bom martírio catártico-político-cinematográfico – confira a lista abaixo com algumas boas dicas para atiçar o espírito revolucionário que adormece no seu corpinho capitalista.

Bonus Track: O curta (ou segmento) “Reino Unidoâ€, dirigido por Ken Loach no projeto “11 de setembroâ€. O cineasta inglês conta a história do 11 de setembro chileno, através de uma carta que narra o golpe que tirou Salvador Allende do poder. Golpe financiado pelos EUA, por sinal. É de arrepiar a espinha.

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