Um reino nem tão distante assim Na animação, bilheteria não escolhe idade por Rodrigo Campanella receite essa matéria para um amigo
“Shrek†não quebrou a banca nas bilheterias à toa. “Toy Story†não fez todo aquele sucesso só por ser composto de brinquedos fofinhos que podiam ser comprados depois. “Procurando Nemo†não tinha só crianças e papais construindo filas quilométricas no cinema – e “A Era do Gelo 2â€, em várias sessões, tinha mais marmanjos que pimpolhos. Em algumas, aqui nessa Belo Horizonte de onde escrevemos, o espectador mais novo da sala provavelmente tinha seus quinze anos. Porque quando programa uma animação para ser exibida à s nove e meia da noite, não é bem o público infantil que o dono do cinema está esperando.
Faça esse exercÃcio simples de conferir a programação das salas: o filme da Xuxa pode até estar em cartaz depois das seis da tarde, coisa difÃcil de acontecer com o próximo do Renato Aragão. Em compensação, “Shrek Terceiro†vai ter horário garantido até as últimas sessões de cada dia – especialmente se não for dublado, mas não necessariamente.
A multi-milionária animação feita - ou distribuÃda - pelos grandes estúdios hoje em dia tem fórmula certa: personagens simpáticos e historieta simples (para agradar aos pequenos) e situações e piadas mais avançadas (para agradar os adultos). Com o respaldo financeiro dos dois públicos ela consegue pagar sua produção e o imenso marketing. E, por sorte, aquela fórmula não é uma ciência exata. O espaço para a inovação e qualidade de texto e imagens gera um “Shrek†– ou um “Os IncrÃveisâ€. Especialmente esse último, uma prova em pelÃcula e bytes de que o amor pelo cinema, e por contar uma história, não tem preconceito algum quanto a formatos ou gêneros.
O dono do castelo: Shrek 1
O rei da jogada: Os IncrÃveis
O guardião da bilheteria: Era do Gelo 2
O filho caçula dos reis: Carros
A ovelha negra da corte: Wood & Stock – Sexo, orégano e rock’n’roll
O prÃncipe precoce: O Bicho Vai Pegar
O bom garoto da famÃlia real: Happy feet
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