Busca

»»

Cadastro



»» enviar

Guillemots

Ruídos, prendedores e canções pop

por Rodrigo Ortega

receite essa matéria para um amigo

A banda inglesa Guillemots está prestes a sair da seleta lista de “grupos hypados sem nem ter gravado um disco completoâ€. O guitarrista brasileiro Magrão contou ao Pílula Pop que o primeiro disco da banda já está em fase de mixagem. O produtor é Chris Shaw, que já trabalhou com Bob Dylan, Weezer e Super Furry Animals. A banda assinou com a gravadora Polydor, mas continua trabalhando com o selo independente Fantastic Plastic. No Brasil, já estão acertados com a Slag Records.


Guillemots (da esq.): Fyfe (sentado), Magrão, Aristzabal e Rican

O Guillemots é formado pelo inglês Fyfe Dangerfield (voz), a canadense Aristazabal Hawkes (contrabaixo) e o escocês Rican Caol (bateria). Além disso, como dissemos no nosso prognóstico 2006, “quem lê a coluna do Lúcio Ribeiro sabe que a nova sensação inglesa assim como os Strokes, tem um membro brasileiro: o guitarrista Mc Lord Magrãoâ€. Eles já dividiram palco com os cantores Rufus Wainwight e Tom Vek e a banda The Tears,.

Magrão falou sobre a pressão de os Guillemots serem apontados como a “maior aposta musical deste anoâ€, pela revista Time Out e “a banda mais notável do Reino Unido hojeâ€, pela revista Mojo: “Não assusta, mas você sabe que tem que trabalhar duro. O que tem sido bom, porque a gravadora tem nos deixado trabalhar do jeito que queremos, então acredito que vamos cumprir as expectativasâ€.

A banda passeia com desenvoltura entre ruídos experimentais e canções pop. “A gente usa desde instrumentos clássicos até coisas que não são instrumentos, como furadeira e máquina de escrever. Tem muito som de pedal e teclado que a gente usa para criar ambientes, como se estivéssemos no mar ou em um deserto.â€, explica o guitarrista. “Concordo que possa haver uma relação com Arcade Fire, mais no show do que no disco. Mas acho que Radiohead e Bjork são os mais comparáveisâ€, completa.

O empolgante single de "Trains to Brazil", cujo nome homenageia o brasileiro morto pela polícia no metrô de Londres, é hit na Europa. Mas a banda não descansa: já lançou seu segundo single, "He're Here" e definiu o terceiro, "Made up love song #43", música que saiu também no primeiro EP, "I Saw Such Things in My Sleep", lançado no ano passado pela Fantastic Plastic. O EP chamou atenção da crítica inglesa com quatro faixas marcantes: a já citada “Made upâ€, “Who let the lights off baby?â€, “Cats Eyes†e “Over the Stairsâ€, que tem mais de nove minutos.


Teatralmente peculiares como o Arcade Fire

Antes de lançar o álbum completo, o Guillemots vai soltar nos EUA, México, Austrália, Japão, Europa e Brasil um mini-álbum com as faixas do primeiro EP e do single de "Trains to Brazilâ€. “Na Inglaterra o LP deve sair no começo de junho. No Brasil, no final de abril sai o mini-álbum e o disco chega dois ou três meses depois.â€, disse Magrão. Segundo Eduardo Ramos, da Slag Records, a edição brasileira do mini-álbum vai sair com faixas exclusivas para o país.

O músico ainda matou duas curiosidades nossas: Por que te chamam assim? “Eu tocava com uma banda em São Paulo que se chamava Prendedor, a gente usava um prendedor de roupa gigante como percussão. Antes do show junto com bandas de trash metal e rap, um amigo brincou que eu ia ser o MC Lord Magrão. Magrão já é velho, mas aí MC Lord soou bem. (risos).†E shows no Brasil? “O Eduardo (Ramos, da Slag) falou alguma coisa sobre São Paulo, Curitiba, mas não sei. A idéia era lançar o mini-álbum e fazer o show logo depois. Mas não vai dar tempo. A gente quer ver se toca aí em setembro.â€, declarou Mc Lord Magrão.

Confira aqui a entrevista completa com o ex-prendedorista do Prendedor e atual guitarrista do Guillemots. .

» leia/escreva comentários (2)