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A belle du ball

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Melhor Filme

Babel , o mosaico


Bem vindo ao deserto do real de Babel.

Principal trunfo: a globalização.

O que fez para merecer: amarrou uma história em cinco países diferentes. Ou amarrou bem em quatro e usou um quinto para se aparecer.

Comida favorita: cuscuz do marroquino doido.

Filme que queria ser: Intolerância, de D.W. Griffith.

Chances: Globo de Ouro na estante e mea culpa hollywoodiana iniciada em “Crashâ€.

Pé-de-coelho: a trilha de Gustavo Santaolalla.

Se ganhar: vai fazer um par perfeito ao lado de “Crashâ€, por mais que Iñarritú afirme odiar o filme de Paul Haggis.

Se perder: vai ser justo.

Cena para passar no Oscar: Cate Blanchett descobre mil maneiras de expressar dor, agonizando após um tiro no peito.

Melhor cena: a polícia marroquina persegue um pai e dois filhos suspeitos de um crime, até que um dos meninos é baleado e o outro se torna um adulto, da pior forma possível.

Cartas de Iwo Jima , o libelo


A descoberta: americanos se dão conta de que eles não são os únicos a sofrer no mundo.

Principal trunfo: um trauma histórico

O que fez para merecer: Um americano fazendo um filme sobre o lado japonês de uma batalha em que os americanos massacraram japoneses. Você acha pouco?

Comida favorita: Rolinho primavera (com catchup)

Filme que queria ser: Além da Linha Vermelha, de Terrence Malick

Chances: Melhor estrangeiro no Globo de Ouro, alguns outros troféus e Eastwood, Clint Eastwood

Pé-de-coelho: as rugas de Eastwood

Se ganhar: vai ensinar o outro menino de ouro na estante do diretor a falar japonês.

Se perder: Clint Eastwood vai convocar Ken Watanabe para montar uma versão dvd mais corajosa que a do cinema

Cena para passar no Oscar: Os soldados japoneses são obrigados pelo capitão a cuidar de um americano ferido na batalha

Melhor cena: sob o olhar atônito de um soldado japonês, cada um de seus companheiros de batalhão se suicida com granadas junto do peito

Os infiltrados , o clássico dos anos 40 feito nos anos 70


Ganhando ou perdendo, é com esse sorriso que Jack Nicholson vai estar na cerimônia.

Principal trunfo: a porrada.

O que fez para merecer: mostrou que o gênero policial não é a piada de mau gosto que os anos 90 nos fizeram pensar.

Comida favorita: donuts.

Filme que queria ser: Scarface, a vergonha de uma nação (original de Howard Hawks).

Chances: por um milagre divino e antológico, a Academia podia premiar o melhor filme mesmo.

Pé-de-coelho: o elenco afinadíssimo e o diretor excepcional, todos amados por seus páreas da Academia.

Se ganhar: vai ser quase uma redenção para a Academia não ter dado o Oscar a “Pulp Fictionâ€.

Se perder: a equipe do filme vai sair falando “Fuck you all, you fuckin’ shitty bastards, motherfuckers, cocksuckers, sons of bitches, assholes...â€.

Cena para passar no Oscar: qualquer uma com Jack Nicholson, eles adoram o cara (a gente também).

Melhor cena: Dicaprio desconstrói a psicanálise da terapeuta intepretada por Vera Farmiga. Orgásmico (foi mal, galera, eu gosto muito mesmo dessa cena).

Pequena Miss Sunshine , a crítica disfarçada de Sessão da Tarde


A tradicional família americana.

Principal trunfo: apesar de tudo, ainda é um feel good movie.

O que fez para merecer: mostrou que os EUA é uma terra de gente muito estranha, mas ainda assim bem divertida.

Comida favorita: comida de lanchonete de beira de estrada.

Filme que queria ser: uma mistura de “A Família Addams†com “Segredos e mentirasâ€, de Mike Leigh.

Chances: é o “Crash†deste ano, amigos...chegando de mansinho para acabar com a festa de todo mundo.

Pé-de-coelho: a irresistivelmente fofa Abigail Breslin.

Se ganhar: o elenco inteiro vai brincar de roda no palco.

Se perder: os produtores vão passar a noite inteira tentando fazer Abigail Breslin entender que ela ainda vai ter muitas outras chances de estar em um filme vencedor do Oscar.

Cena para passar no Oscar: a família tentando consolar o adolescente vivido por Paul Dano, que se descobre daltônico.

Melhor cena: o almoço do início do filme.

A Rainha , o retrato real


Mamãe: “Se forem fazer um filme da minha vida, quero Cameron Diaz no meu papel.â€

Principal trunfo: Helen Mirren.

O que fez para merecer: misturou TV, realidade e cinema – e fez um filme que funciona muito bem na tela grande.

Comida favorita: Diana picadinha.

Filme que queria ser: Elizabeth.

Chances: a maioria da Academia é formada por atores. E falar em filme de ator neste ano é falar de “A Rainhaâ€.

Pé-de-coelho: a performance de Mirren.

Se ganhar: vai mostrar que o sonho secreto dos EUA é fazer parte do Commonwealth.

Se perder: vai botar a culpa nos insubordinados bloody americans

Cena para passar no Oscar: qualquer uma com Helen Mirren respirando.

Melhor cena: o pronunciamento da rainha frente às pressões do povo – e a humilhação contida de uma soberana que encara, pela primeira vez, a sociedade do espetáculo.

Confira a resenha de outros indicados:

Carros - melhor animação

Happy feet - melhor animação

O labirinto do fauno - melhor filme estrangeiro, roteiro original, direção de arte, fotografia, maquiagem e trilha original.

Piratas do Caribe: O baú da morte - melhor direção de arte, edição de som, mixagem de som e efeitos visuais.

O grande truque - melhor direção de arte e fotografia

A dália negra - melhor fotografia

Filhos da esperança - melhor fotografia, edição e roteiro adaptado

O ilusionista - melhor fotografia.

Uma verdade inconveniente - melhor documentário e canção original

Dias de glória - melhor filme estrangeiro

Apocalypto - melhor maquiagem, edição de som e mixagem de som

Click - melhor maquiagem

A conquista da honra - melhor edição de som e mixagem de som

Poseidon e Superman - O retorno - melhores efeitos visuais

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