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#150808 – As olimpíadas na TV são o novo cinema

(da série “Títulos pra tirar ondaâ€)

por Rodrigo Campanella

Fotos:

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Não é o aparato extenso e intenso de câmeras em Pequim que fala mais alto na hora dos jogos – apesar de tantas panorâmicas lindas. O que acaba gritando na tela é a simples decisão de reduzir a velocidade das imagens, especialmente na ginástica olímpica. Você está ali, vendo aquelas acrobacias impossíveis para alguém que tenha ossos, e de repente a velocidade cai de uma vez. A respiração cai junto, um mínimo, tentando acompanhar.

A mão batendo o pó que dá aderência, a corrida com todos os músculos retesados que passa devagarinho, e o vôo. O vôo fala por si. Em close ou superclose, visto incompleto no olho parado da câmera, só um punhado de pele e músculos dançando com a gravidade, o chão como inimigo ali pertinho. E então velocidade de novo, aquela velocidade autenticamente acelerada dos ginastas, das ginastas.

E, claro, sem a sensibilidade de um editor de ao vivo para escolher essas imagens, elas não nunca chegariam à nossa frente.

Detalhes, supercloses e velocidades, os maiores bens da TV são. Isso quando ela decide deixar de ser a companheira falando o dia todo ao nosso ouvido, e tenta ser algo mais. Ainda que pareça de um jeito quase sem querer, como nesse Beijing 2008.

Procurando no Tube, Googlevídeos, site oficial olímpico e alguns canais brazucas de tevê, não achei as tais imagens como eu esperava. No máximo, achei compilações “épicas†(como essa acima) do que parecem ser outras competições, e reportagens. Onde na web estarão essas imagens?

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