A mão batendo o pó que dá aderência, a corrida com todos os músculos retesados que passa devagarinho, e o vôo. O vôo fala por si. Em close ou superclose, visto incompleto no olho parado da câmera, só um punhado de pele e músculos dançando com a gravidade, o chão como inimigo ali pertinho. E então velocidade de novo, aquela velocidade autenticamente acelerada dos ginastas, das ginastas.
E, claro, sem a sensibilidade de um editor de ao vivo para escolher essas imagens, elas não nunca chegariam à nossa frente.
Detalhes, supercloses e velocidades, os maiores bens da TV são. Isso quando ela decide deixar de ser a companheira falando o dia todo ao nosso ouvido, e tenta ser algo mais. Ainda que pareça de um jeito quase sem querer, como nesse Beijing 2008.