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Zzzzzzz

08.03.07

por Dani Freitas

Norah Jones - Not Too Late

(EMI - 2007)

Top 3: “Sinkin soonâ€, “Be my Someboyâ€, “Thinking about youâ€

Princípio Ativo:
Mezzo jazz + folk + country mezzo melancolia e sono

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O terceiro e mais recente disco de Norah Jones, Not Too Late, causou certo estardalhaço antes de ser lançado, por um motivo interessante nos dias atuais. Na era dos iPods e com vendas de CDs cada vez mais baixas, Not Too Late foi o álbum de maior pré-venda em toda história da Amazon.com.

Mas será que os apressadinhos gostaram do que receberam? Provavelmente sim. O CD segue a linha dos anteriores. A grande diferença entre Not Too Late e os outros trabalhos é que este é o mais autoral da cantora. Todas as músicas do álbum foram escritas ou co-escritas por ela, e produzidas por Lee Alexander, baixista da banda de Norah e também parceiro de várias das composições. Tudo que os fãs esperam de Norah Jones está em Not Too Late: a bela voz da cantora, bons arranjos e o piano, é claro!

O álbum, porém, nos revela boas surpresas. A ótima “Wish I couldâ€, que abre o disco, é quase um folk em que Norah é acompanhada apenas por um violão e um violãocelo. Logo na seqüência vem “Sinkin soonâ€, uma música que é bem diferente de tudo que a cantora já fez e é uma das que mais se destacam no CD. O modo como o piano é tocado, o bandolim e o trombone presente fazem lembrar bluegrass, uma divisão do country bastante tradicional nos EUA. Mais para o fim do álbum há uma dobradinha de músicas com um pé no country: “Be my somebody†e “Little roomâ€.

O resto não nos reserva grandes novidades. Encontramos a mesma Norah Jones de sempre com o seu jazz moderninho. “Wake me up†e principalmente “Thinking about you†cumprem o papel de “Don´t know whyâ€, do disco de estréia da cantora. São as músicas mais acessíveis ao público, por serem mais animadinhas. As outras faixas seguem uma linha mais melancólica. Com exceção de “My dear countryâ€, todas soam repetitivas, e é quase impossível chegar até o fim delas sem ficar com sono. Pena que elas são praticamente a metade do disco.

Not Too Late está disponível em duas versões. Uma é o CD normal, e a outra vêm com um DVD que mostra dois clipes e duas versões ao vivo, além de mostrar algumas imagens de making of e fotos. Nada muito interessante, a não ser para quem é muito fã.

No fim das contas, o disco nos mostra que a cantora deveria investir mais em suas novas influências musicais e deixar a melancolia de lado, porque ela dá sono, muito sono.

Se fosse a Meg White aí, daria uma boa capa de disco do White Stripes

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