Quase emancipada
22.05.08
por Braulio Lorentz
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Mariah Carey – E=MC²
(Universal, 2008)
Top 3: “Touch my bodyâ€, “Cruise Control†e “I'm That Chickâ€.
Princípio Ativo: tÃmida modernetezação
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Não se pode exatamente afirmar que Mariah Carey, Mimi para os Ãntimos, é do mesmo naipe de cantoras gostosas tapadas como Jessica Simpson. A novaiorquina tem mais tempo de carreira do que muitos de seus fãs têm de idade. São 18 anos soltando sua voz potente (ainda inabalável depois de 38 primaveras) e balançando em vÃdeos suas marcas registradas (as duas nunca estiveram melhores depois de operações plásticas).
E=MC² é o 11º CD de Mariah. A explicação para a escolha do tÃtulo frusta os que pensam que a moça lembrou de Einstein ao lançar este novo trabalho. A equação da vez nada tem a ver com velocidade da luz: a fórmula do disco é “Emancipation = Mariah.Carey2â€, em alusão ao antecessor Emacipation of Mimi, que era ruim de doer, mas trouxe a cantora de volta à s paradas após perÃodo de muito glitter e poucas vendas.
A xaropada de sempre está menos amarga do que nos discos mais recentes. O primeiro sucesso, "Touch my Body", é a melhor música da popstar na década e o 18º hit que Mariah coloca na primeira posição da parada da revista americana Billboard. Com isso, assume a segunda posição dentre os que mais cravaram hits medalha de ouro. Ela toma o posto de Elvis Presley e fica atrás dos Beatles, que já cravaram 20 músicas no topo. R&B adocidado que desce redondinho na primeira audição, a canção tem versos e clipe que ecoam a sÃndrome de Gilberto Gil, tão conectado à s bandas largas e home pages. “Se tiver uma câmera por aqui / Então é melhor eu não ver este vÃdeo no YouTubeâ€, canta Mariah.
Mesmo que seja com extrema timidez, é comovente o esforço da loira em parecer mais moderninha não apenas ao citar o site de vÃdeos. “Cruise Control†tem participação de Damian Marley, definitivamente o herdeiro menos picareta e mais prestigiado de Bob. “I'm That Chick†é boa para DJs que tocam Kylie Minogue e Michael Jackson – há sample de sua “Off the wallâ€. Dá até pra pensar que, excesso de gemidos à parte, a canadense Feist engordou 25 quilos e caiu nas mãos de um Timbaland da vida.
Resta esclarecer que o Timbaland (daqui a pouco a expressão “produtor†será trocada pelo nome do rapper-midas) é Bryan-Michael Cox, já visto nos estúdios de Janet Jackson, Toni Braxton e Chris Brown. Ele é o culpado por baladas como “Thanx 4 Nothin'â€e “I Wish You Wellâ€, que avacalham o desempenho do disco.
Capa de seu primeiro single (de tÃtulo convidativo)
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