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04.02.09

por Mariana Marques

Noivas em guerra

(Bride wars, EUA, 2009)

Dir.: Gary Winick
Elenco: Kate Hudson, Anne Hathaway, Candice Bergen, Bryan Greenberg, Chris Pratt, Kristen Johnston

Princípio Ativo:
mulheres histéricas

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O problema de “Noivas em Guerra†começa antes mesmo de se assistir ao filme. Pelo título e pelo cartaz, sabemos que se trata de uma disputa “Kate Hudson x Anne Hathawayâ€. Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso já toma partido antes de entrar na sala. Kate Hudson não me convence nem como a Penny Lane do ótimo “Quase famososâ€. Basta assistir a uns três longas – provavelmente chatos – com a atriz para observar que ela faz sempre as mesmas caras e bocas. Já Anne Hathaway ao menos tem carisma (e um bom agente) para embarcar em projetos como “O Diabo veste Prada†e “O segredo de Brokeback Mountainâ€.

No filme do diretor Gary Winick (De repente 30), Liv (Hudson) e Emma (Hathaway) são amigas que, já na infância, planejaram onde e quando iriam se casar: no Plaza, em algum dia do mês de junho. Elas crescem juntas, sempre obcecadas pela idéia do matrimônio. Costumam, inclusive, reparar em todos os detalhes nas festas a que vão. As duas, óbvio, ficam noivas na mesma época – ainda que Liv tenha forçado o processo com medo de ficar pra titia – e procuram logo os serviços de Marion St. Claire (Candice Bergen), guru de casamento famosa por organizar cerimônias perfeitas.

Ou nem tão perfeitas assim. Por erro da secretária de Marion, os casamentos de Liv e Emma são marcados para o mesmo dia. Nenhuma quer abrir mão da data e a amizade começa a descer pelo ralo. É dada a largada para a sabotagem mútua, que inclui fazer uma engordar, espalhar que a outra está grávida e acidentes como um bronzeado laranja e um cabelo tingido de azul. Até as armadilhas da novela Quatro por Quatro eram mais criativas.

O maior acerto foi escalar Hudson para a personagem mais chata. Liv é egoísta desde criança e acha que pode conseguir tudo o que quer. Já Emma, a boazinha que sempre cedeu às vontades da amiga, é um papel fraco para Hathaway, que deve começar a pensar melhor ao passar de um casamento para outro.

“Noivas em Guerra†é um filme de mulherzinha como “Sex and the Cityâ€, com o diferencial de que neste último há diferentes opiniões sobre relacionamentos, enquanto naquele a histeria é coletiva. Ainda que pudesse ser mais um clichê de comédia matrimonial, faltou um personagem – de preferência, uma mulher – que não demonstrasse o mínimo interesse por casamento, na tentativa de esclarecer que nem todas nós desejamos entrar na igreja de véu e grinalda. Ao menos, poderia servir para acalmar os poucos (e pobres) homens que vão ser obrigados a acompanhar as namoradas ao cinema.

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À futilidade...

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