HQs: Heroes For Hire e Shadowland


Nossa avaliação

Rodízio de heróis

Em uma semana com poucos lançamentos, o grande destaque é certamente “Heroes For Hire #1”, estréia da nova revista dos Heróis de Aluguel. A dupla DnA, como são conhecidos os roteiristas Dan Abnett e Andy Lanning, ficou famosa pela revitalização do setor “espacial” da Marvel, com minisséries como Annihilation, War of Kings e The Thanos Imperative, além de novos títulos como “Nova” e os “Guardiões da Galáxia”. Agora eles recebem a tarefa de relançar a famosa equipe de vigilantes urbanos.

Curiosamente, não há uma nova “equipe”; “Heroes For Hire” trabalha agora com um elenco de personagens que muda a cada edição. Heróis são “contratados” de acordo com a disponibilidade e as exigências de cada missão. Embora a capa mostre um grupo que inclui o Justiceiro e o Motoqueiro Fantasma, acompanhamos neste número o Falcão, a Viúva Negra, o Cavaleiro da Lua e Elektra. Há um certo charme que remete a séries de tv clássicas como “Missão: Impossível” e “As Panteras” no modo como a protagonista Misty Knight comanda os heróis pelo rádio: “Posso alugá-lo esta noite, herói?” é o bordão que ela repete a cada contato.

Há ainda uma surpresa chocante e interessante na última página, mesmo que não seja nada do nível da clássica reviravolta ao final da primeira edição de “Thunderbolts”. Para ser sincero, estou mais curioso em saber como o Motoqueiro Fantasma vai usar um ponto de rádio na orelha. Ele é uma caveira flamejante!

Bom para esquecer

Terminou nessa semana mais um crossover da Casa das Idéias. “Shadowland #5” contou a história da passagem para o “lado negro” de Matt Murdock, o Demolidor.

Nos últimos anos os leitores aprenderam que para aproveitar esse tipo de saga não é preciso ler todos os “tie-ins”, as edições especiais e minisséries relacionadas à história principal. “Shadowland” é um pouco diferente nesse sentido: você não precisa nem ler a história principal.

A saga é tão previsível e recheada de clichês que, partindo da premissa básica, se você imaginar a história na sua cabeça provavelmente vai ter tudo o que tinha na minissérie e com certeza vai ser mais emocionante. O crossover sequer cumpre a função básica de uma história desse tipo, que seria a de dar uma sacudida no status quo do personagem. Ao final da edição, tudo volta ao normal, com personagens (e leitores) felizes em esquecer que a saga sequer ocorreu.


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