Grey’s Anatomy 7×16 Not Responsible

Ceguinha, tadinha.

Nossa avaliação

O que mais gosto em “Grey’s anatomy” é quando a série consegue fazer a evolução de seus personagens, especialmente os residentes, como médicos e como pessoas espelhar o que é a vida – profissional, amorosa, pessoal – entre os 20 e 30 anos. As escolhas que temos que fazer, os erros que precisamos cometer, o tempo que não sabemos esperar. Not Responsible foi um episódio em que os personagens, confrontados com a hora de crescer, foram obrigados a fazer escolhas pelas quais todos nós temos que passar um dia (só que com muito mais comédia, drama… e shower sex).

Ceguinha, tadinha.

Carreira ou família?
Meredith descobre que a medicação para fertilidade que ela vem tomando está afetando sua visão. E como Alex diz, pessoas normais cirurgiões não franzem a testa. As alternativas são claras: ou ela abre mão de conceber o McBaby no seu útero hostil ou bye bye futuro brilhante como neurocirurgiã.

Para tornar a escolha ainda mais difícil, a paciente do estudo clínico sobre Alzheimer da semana era uma senhora super simpática, cujo filho cantava I walk the line do Johnny Cash para acalmá-la durante suas crises. Só que o garoto tinha um inchaço que estava quase fechando sua garganta – e Stark, aka pior pediatra EVER, queria chamar o Serviço Social porque os pais não estavam dando atenção para ele.

A bela cena em que mãe e filho se abraçaram depois dele cantar é um daqueles momentos em que Grey vê que o que ela faz é realmente importante. E isso se reflete na alegria dela quando descobre que a mulher vai receber o remédio de verdade e não o placebo.

Ah! Meredith também teve que escolher entre uma banheira com vista para o sol ou pias separadas no banheiro de sua nova casa com Derek. E numa cena hilária, Yang explicou que ela não entende nada de pias masculinas porque nunca teve pais que a criassem direito. Hilário.

Eu ou Nós?
Yang, aliás, não estava com tanta dificuldade para fazer a sua escolha. Quando Hunt descobre que ela não quer ter filhos (ponto), ele argumenta que essa não pode ser uma decisão só dela, já que os dois estão casados. Ele quer ter uma família. Ela quer ser a melhor cirurgiã cardíaca do mundo. Talvez os dois realmente não tenham pensado bem antes de fazer uma outra escolha importante: casar.

Minhas mães e meu pai, versão Grey's Anatomy.

Ele ou ela ou eu ou nós?
E a família a três de Callie, Mark e Arizona começa a ficar interessante. Apesar de ter sido Torres quem teve que decidir entre fazer ou não uma amniocentese (um exame que, segundo Lexie, causa aborto em 1 em cada 300 mulheres), a grande escolha do episódio foi de Arizona.

Quando ela percebe que Mark não vai ser só um nome na certidão do filho delas, mas um pai presente, parte da família e com voz em qualquer assunto, Robbins vê que Sloan fará parte do resto da sua vida – e ela não teve muita voz nisso, foi uma opção impensada de Callie. Então, a escolha dela é entre expressar essa insatisfação para a namorada ou não. E quando, ao final dó episódio, num ótimo momento passivo-agressivo, Arizona fala que Torres está vivendo seu “sonho bi”, mas que ela está tendo que engolir um sapo federal, Callie se dá conta pela primeira vez da (in)consequência e do egoísmo de suas atitudes.

Fechar os olhos ou encarar a verdade?
Como previmos semana passada, Adele voltou ao Seattle Grace depois de cair de novo. E mais uma vez, contando uma história diferente para cada médico que aparecia. O Chefe pediu para Bailey fazer uma batelada de exames, o que não a deixou nem um pouco feliz. E depois de nenhum deles apontar nada, Miranda apresentou seu diagnóstico: ou a esposa de Webber é uma cachaceira, ou está com sintomas precoces de demência. E nas palavras dela, “se esse for o caso, eu não ia pedir pra cirurgião geral novata cuidar da minha mulher. Eu ia pedir pro melhor neurocirurgião que trabalha no meu hospital”. #Drama vindo aí.

Ficar parado ou seguir em frente?
A última escolha do episódio foi feita por Lexie. Ela, Avery e Teddy vão fazer o transplante de dois pulmões para um paciente de fibrose cística. Só que descobrem que a namorada dele também é portadora da doença – o que, aparentemente, é A PIOR COISA QUE PODERIA ACONTECER NA HISTÓRIA DO UNIVERSO. Tipo, os dois poderiam trocar bactérias mortais, se matar e os pulmões seriam desperdiçados. Romeu e Julieta, só que com um impedimento realmente relevante. Teddy dá o ultimato: ou o paciente se separa da namorada, ou dá adeus aos pulmões novos.

Num dos momentos clássicos de “Grey’s”, em que o médico enxerga seu dilema patético nas escolhas de vida ou morte dos pacientes, Lexie vê que, por mais que duas pessoas se gostem, às vezes… não é para ser. E ela pode ficar olhando com cara de pata pro Mark a vida inteira ou enxergar que tem um cara super boa pinta lhe dando a maior bola. De quebra, Avery nem foi o bobão de sempre, entregando uma das melhores frases do episódio: “se almas gêmeas realmente existissem, e fosse só uma para cada, seria o sistema mais idiota já inventado”. Fato. E foi com essa que ele levou Little Grey pro chuveiro, ficando escondidinho quando April entrou (sem ser convidada) para contar que Stark a convidou para jantar. Awkward, in so many levels.

No mês que vem, “Greys anatomy” vai cantar. Sérião.


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