Outra semana cheia de lançamentos, mas sem nenhum grande destaque positivo. O jeito é fazer um rápido panorama dos principais títulos a chegar às comic shops americanas. Vamos lá, em ordem alfabética:
“Adventure Comics #523” marca a estréia da Legion Academy, a equipe de aprendizes da Legião dos Super-Heróis. A arte do desenhista Phil Jimenez faz desta revista a mais bela da semana, mas a história é o clichezão das escolas de heróis que já vimos em vários títulos “academy” (excluindo, é claro, o bizarro, mas ótimo “The Umbrella Academy”).
“Batman and Robin #20” marca a estréia da nova equipe criativa formada por Peter J. Tomasi e Patrick Gleason. Claramente o título não tem mais a energia maníaca dos tempos de Grant Morrison, mas ainda brilha em alguns momentos. Destaque para a noite-do-filme-em-família da mansão Wayne e para um painel em que Alfred demonstra suas habilidades de mordomo-ninja, ao amarrar a gravata de Dick Grayson com uma só mão, de costas, enquanto dirige a limusine em alta velocidade pelo centro de Gotham.
“Green Lantern: Esmerald Warriors #7” traz muita ação, mas a história começa a ir por água abaixo quando os próprios personagens percebem que os acontecimentos principais se deram em outro lugar, em outra revista, deixando o leitor com cara de bobo.
“Heroes for Hire #3” revelou que “o Cavaleiro da Lua às vezes assiste os Flintstones”, e trouxe alguns momentos tocantes, com um mercenário tentando ser altruísta e um herói de coração partido sendo egoísta. Continua a ser uma boa leitura, pelo menos pra quem gosta do elenco “C” da Marvel.
“Justice League: Generation Lost #19” traz a morte banal de um personagem adorado por fãs, mas não gera nenhuma emoção a não ser o tédio: não só a surpresa já havia sido estragada há meses pelas sinopses dos previews da DC, como os mesmos previews já mostraram que o personagem aparece vivinho da silva dois meses depois. Esse povo precisa pensar em maneiras novas de chocar o leitor…
“Wolverine #5.1” narra a festa de aniversário do baixinho canadense, com boas gags: Deadpool no karaokê é previsível, mas a cena com o Homem-Aranha sozinho na mansão dos Vingadores (que esqueceram de convidá-lo) é hilária. O autor Jason Aaron dá uma camada de meiguice sob o jeitão troglodita de Logan, o que só os melhores roteiristas conseguiram fazer bem.